Dicas de armazenagem de peças de borracha

Recomendações técnicas para embalagem e armazenagem de peças de borracha visando preservar todas as suas características técnicas originais durante o período de estocagem.

Condições Ambientais:

  • Temperatura: De um modo geral a temperatura do local de armazenagem deve ser a temperatura ambiente. Acima da temperatura ambiente a degradação de certos tipos de peças já começa a ocorrer. 
  • Umidade: Os ambientes úmidos devem ser evitados. 
  • Luz: Todas as peças de borracha devem ser protegidas contra a incidência direta de luz, principalmente a luz solar e/ou luz artificial forte com alto teor de raios ultra-violeta. 
  • Oxigênio: Sempre que possível as peças de borracha vulcanizadas devem ser protegidas dos locais com grande circulação de ar. 
  • Ozônio: Cuidados especiais devem ser tomados devido aos efeitos, particularmente sérios, do ozônio sobre armazenagem das peças de borrachas vulcanizada. No local de armazenagem as peças de borracha devem ser estocadas a uma distância de pelo menos 3 metros de quaisquer fontes geradoras de ozônio, tais como: lâmpadas de vapor de mercúrio ou fluorescentes, equipamentos de alta tensão, motores elétricos, outros equipamentos que possam gerar faíscas ou descargas elétricas “silenciosas”.

Contato direto com outros materiais

  • Líquidos, sólidos e vapores: Peças de borracha vulcanizada não devem entrar em contato com materiais sólidos, líquidos e produtos pastosos, tais como: produtos químicos, óleos, graxas e peças metálicas (em particular as peças de cobre e manganês). 
  • Outros tipos de borracha: O contato entre peças de borracha de diferentes tipos de composição deve ser evitado, principalmente quando estas peças forem de cores diferentes. 
  • Embalagem: Os materiais utilizados em qualquer recipiente (container), invólucro ou coberturas de peças de borracha não devem conter substâncias capazes de atacar as borrachas, como por exemplo: naftenato de cobre, creostato, etc. 

Rotatividade do estoque: As peças de borrachas devem ser estocadas durante o menor tempo possível. Deve-se promover a movimentação do estoque de forma que as primeiras peças que entram sejam as primeiras também a sair.

Publicado por: PolySeal Vedações

Principais Materiais

Aqui na PolySeal trabalhamos com os principais materiais disponíveis no mercado, para garantir a qualidade na fabricação de nossas peças e atender a sua necessidade de forma pontual.

Nesse artigo, vamos listar alguns dos diversos materiais que trabalhamos e suas propriedades.

Ecopur

Ecopur é um elastômero de poliuretano termoplástico. Ele se destaca por sua extraordinária resistência à abrasão, por sua baixa compressibilidade, por sua alta dureza e por sua resistência ao rasgamento. Sua principal área de aplicação é na tecnologia de vedações. (gaxetas, gaxetas em “U”, raspadores, pacotes de gaxetas “Chevron”, vedações especiais). Também recomendável para aplicações especiais como elementos amortecedores e peças perfiladas. Empregado em fluidos hidráulicos comerciais à base de óleo mineral, em água (até 60oC) até 400 bar, nos tipos e alojamentos padrões.

H-Ecopur

H-Ecopur é um elastômero de poliuretano termoplástico resistente à hidrólise. Ele combina otimamente as propriedades específicas das aplicações do Ecopur com uma alta estabilidade hidrolítica, excepcionalmente alta para poliuretanos: é estável na água até + 95oC (hidrólise significa decomposição pela ação da água). Esta estabilidade hidrolítica permite seu emprego em sistemas hidráulicos a água na mineração, construção de túneis, construção de prensas. O seu uso é especialmente recomendável em água pura, em fluidos HFA e HFB e em fluidos hidráulicos biodegradáveis.

T-Ecopur

T-Ecopur é um elastômero de poliuretano termoplástico modificado para aplicações criogênicas. T-Ecopur possui as mesmas propriedades que Ecopur, porém ampliadas para zonas de temperatura de até 50oC. Seu emprego estende-se a aplicações em zonas de clima extremo, em frigoríficos, etc. Mesmo a 50oC há elasticidade suficiente para as funções de vedação.

NBR – Borracha de Acrilonitrila Butadieno (cor preta)

É uma borracha com excelente adesão a metais e a tecidos, que se adapta a qualquer tipo de vedador. É  a mais utilizada, devido a maioria dos sistemas de vedação utilizarem óleos minerais ou derivados de petróleo que são significativamente compatíveis com a borracha nitrílica.

FKM – Borracha Fluorada

A alta resistência ao calor e aos ataques químicos, associada a excelentes propriedades mecânicas, fazem com que seus vedadores apresentem desempenho superior a qualquer outro tipo, aplicado às mesmas condições de trabalho.

PTFE – Polietrafluoroetileno

O Teflon, material semi-rígido, é um dos poucos termoplásticos utilizados em vedadores, devido ao seu baixo coeficiente de atrito, à sua quase total insensibilidade ao ataque químico e ao fato de atender a uma grande faixa de temperatura de trabalho.

Para ter acesso a lista completa de materiais que utilizamos e suas propriedades, clique aqui!

Agora que você conheceu alguns dos materiais que utilizamos, acredito que não restaram dúvidas na hora da escolha ideal de vedação para o seu projeto.

Para ter um apoio técnico no desenvolvimento do projeto e escolha da vedação ideal para o seu equipamento, SOLICITE AGORA O CONTATO e a nossa equipe especializada encontrará a solução perfeita para você.

Como surgiu o retentor?

O retentor é um componente encontrado nos mais variados equipamentos industriais, como máquinas agrícolas, carros, caminhões, aviões, eletrodomésticos e máquinas industriais, o que deixa claro que está presente e ligado a várias atividades e necessidades do nosso dia a dia. Mas você sabe a origem dele?

Desde os tempos antigos o homem aprendeu que lubrificantes a base de gordura animal diminuíam o atrito entre os componentes de metal (eixo, cubo da roda) de certos equipamentos de locomoção, contudo, ainda não se pensava em um sistema de retenção do fluido e uma maneira de evitar contaminação em função da sujeira do ambiente.

Após a chegada da Primeira Guerra Mundial e uma produção de larga escala de veículos voltados para a frota de combate, enxergou-se a necessidade de eficiência nos componentes dos motores. Nesse momento, fora desenvolvido o primeiro protótipo de retentor a base de couro animal, fixo a uma chapa de aço junto ao eixo.

Contudo, esse primeiro modelo não se mostrou tão eficiente na retenção dos fluidos com a complexidade e evolução rápida que se deu nas linhas automotivas e industriais. Alguns anos depois, os retentores de couro passaram a ser impregnados por borracha natural, até o desenvolvimento, em meados dos anos 50, da borracha sintética, que é utilizada até os dias atuais.

Hoje, nós da Polyseal contamos com um portifólio que permite produzir dezenas de perfis e materiais, para os mais diversos tipos de aplicações e equipamentos, todos desenvolvidos com alto grau tecnológico e confiabilidade que essa vedação exige.

Na dúvida de como verificar qual a melhor vedação para seu equipamento, consulte um de nossos vendedores. A Polyseal é pioneira no ramo do desenvolvimento de soluções para vedações, trabalhando com tecnologia e qualidade há quase 30 anos. Entre em contato conosco e não sofra mais com paradas inesperadas

 

Renato Lopes Chacon

Technical Sales

Só uma borrachinha?

Qual o risco que se assume quando a vedação é vista como parte menos importante no desempenho de um equipamento.

No ano de 1986, o ônibus espacial Challenger se preparava para sua décima missão desde a sua construção, no ano de 1983. Por ser de grande orgulho para nação americana, em função da nave ser muito mais sofisticada do que os modelos anteriores, dando visibilidade na corrida espacial travada no período com a URSS, o evento reuniu centenas de pessoas, entre curiosos, familiares dos tripulantes, autoridades e equipe cientifica.

O lançamento aconteceu na manhã do dia 28 de janeiro, no Cabo Canaveral, Florida (EUA). A televisão transmitia o momento para centena de milhões de pessoas, no mundo todo. O ônibus espacial decolou às 11:00 horas e 9 minutos. Quando alcançou 14 mil metros de altitude, uma chama brotou de um dos foguetes laterais. A labareda lambeu a janela da nave, junto ao assento de um dos pilotos, Michael Smith. A caixa preta registrou suas últimas palavras: “Oh no, Oh”.

Logo em seguida, a estrutura de aço, cerâmica e alumínio foram engolidas por uma bola de fogo e vapor d’agua gerado pelo hidrogênio líquido do tanque de combustível. A explosão aconteceu 73 segundos após a decolagem, matando os 07 tripulantes na nave, em frente a todos que acompanhavam o episódio.

A Investigação final concluiu, meses depois, que a Nasa foi imprudente na escolha do material das vedações aplicadas no foguete, isso porque eles poderiam encolher se expostos a temperaturas inferiores a 11 graus Celsius. Na manhã do lançamento do Challenger, a temperatura no Cabo Canaveral estava próxima a zero.

O que tiramos de aprendizado desse trágico acidente? Todos os componentes de um equipamento devem ser criteriosamente estudados com base na aplicação almejada. Nenhum elemento possui maior ou menor grau de importância, mas todos, trabalhando numa sistemática cadeia, colaboram para garantir segurança, desempenho e resultado final satisfatório.

Mas a verdade é, até hoje, as vedações ainda não possuem destaque e visibilidade no momento do qual um projeto é desenvolvido. A cultura da “borrachinha” diminui o grau de importância que esse item possui e casos como o Challenger acontecem diariamente em todos os segmentos industriais.

Hoje contamos com uma equipe comercial técnica preparada para desenvolver, junto ao seu projetista, a vedação mais indicada para muitas das condições de trabalho que podem surgir durante a aplicação.

Também disponibilizamos no nosso site catálogo técnico com todas as especificações de aplicação considerando materiais, perfis e os mais variados formatos de alojamento.

Não se esqueça, a “borrachinha” pode salvar vidas, evitar acidentes e ser o personagem principal no desempenho e lucratividade de seu equipamento.

Consulte-nos.

Por: Renato Lopes Chacon – Technical Sales
Referências: O pedaço de borracha que destruiu o ônibus espacial | Super (abril.com.br)