Tendências Futuras em Vedações

As tendências futuras em tecnologia de vedações para a indústria química prometem transformações significativas, impulsionadas por avanços materiais, inovações de design e a crescente ênfase na sustentabilidade. A previsão dessas tendências revela um impacto potencialmente profundo no setor químico, afetando desde a eficiência operacional até a segurança e o desempenho ambiental.

Uma das principais tendências é o desenvolvimento de materiais avançados. Novos polímeros, elastômeros e compostos híbridos estão sendo criados para oferecer maior resistência a condições extremas de temperatura, pressão e exposição a produtos químicos agressivos. Esses materiais não só aumentam a durabilidade das vedações, mas também melhoram sua eficácia em ambientes operacionais severos. Materiais com propriedades auto lubrificantes, por exemplo, podem reduzir a fricção e o desgaste, resultando em menor consumo de energia e maior vida útil dos componentes.

Outra tendência importante é a digitalização e o uso de tecnologias de monitoramento em tempo real. Sensores embutidos nas vedações podem monitorar parâmetros críticos como temperatura, pressão e desgaste, enviando dados para sistemas de controle centralizados. Isso permite uma manutenção preditiva, onde as vedações podem ser substituídas antes de falharem, evitando paradas não planejadas e reduzindo custos operacionais.

Por fim, a personalização e a capacidade de fornecer soluções de vedação sob medida estão se tornando cada vez mais viáveis com o avanço da tecnologia de fabricação. As empresas podem agora obter vedações projetadas especificamente para suas necessidades operacionais, garantindo um desempenho ideal e maior confiabilidade.

Aqui na Polyseal nossos produtos são de alta qualidade e desempenham um papel crucial, contribuindo para o desempenho operacional eficiente das indústrias. Nós possuímos um compromisso contínuo com a inovação e o aprimoramento de seus produtos e processos.

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Desafios na Seleção de Materiais para Vedações em Ambientes Químicos Agressivos

A seleção de materiais para vedações em ambientes químicos agressivos apresenta desafios significativos, exigindo uma consideração cuidadosa de vários critérios para garantir que as vedações possam resistir a substâncias químicas corrosivas e temperaturas extremas. A escolha inadequada de materiais pode levar a falhas prematuras, comprometendo a segurança e a eficiência dos processos. Aqui estão alguns dos principais critérios a serem considerados na seleção de materiais para vedações em tais condições. 

Resistência Química: O primeiro e mais importante critério é a resistência química do material. O material da vedação deve ser compatível com as substâncias químicas às quais será exposto. Isso requer um entendimento detalhado das propriedades químicas dos materiais, bem como das condições operacionais. Tabelas de compatibilidade química fornecidas pelos fabricantes são uma ferramenta essencial nesse processo, ajudando a identificar materiais que não sofrerão degradação quando expostos a ácidos, bases, solventes e outros agentes químicos e corrosivos.

Estabilidade térmica: Em muitos processos químicos, as vedações precisam operar em temperaturas extremas, seja elevadas ou extremamente baixas. A estabilidade térmica do material é crucial para garantir que ele mantenha suas propriedades mecânicas e de vedação sob essas condições. Materiais como elastômeros de fluorcarbono (Viton) são frequentemente usados devido à sua excelente resistência a altas temperaturas, enquanto elastômeros de silicone podem ser escolhidos para aplicações em temperaturas muito baixas, tendo também o PTFE sendo muito utilizado em virtude da sua estabilidade química e térmica com  baixo coeficiente de atrito.

Compatibilidade com o Ambiente Operacional: Além das substâncias químicas específicas e das temperaturas, é importante considerar outros fatores ambientais, como a presença de radiação UV, ozônio, umidade e cargas elétricas. Alguns materiais podem ser suscetíveis à degradação sob exposição prolongada a esses fatores. Por exemplo, elastômeros nitrílicos são sensíveis ao ozônio, luz UV e baixa resistência térmica, o que pode limitar seu uso em determinadas aplicações.

A seleção de materiais para vedações em ambientes químicos agressivos exige uma abordagem multidimensional, considerando resistência química, estabilidade térmica, resistência mecânica, flexibilidade, compatibilidade ambiental, custo e conformidade regulatória. A combinação correta desses fatores garante a longevidade e eficácia das vedações, contribuindo para a segurança e eficiência dos processos químicos.

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Liderança na indústria: por que é preciso saber o digital?

Fonte: A Voz da Indústria

Várias são as qualidades da liderança na indústria, mas ultimamente entender de digital é medida imprescindível para a fábrica do futuro.

 

Tecnologias de transformação digital ganham cada dia mais espaço no ambiente industrial. Mas, para que esses processos tenham sucesso, cabe à liderança na indústria desenvolver profissionais que entendam do digital e tudo que estiver associado a ele.

O uso de soluções de Inteligência Artificial (IA), Analytics, Cloud, blockchain e Internet das Coisas (IoT), entre outras, ganha destaque em um cenário de rápida transformação ao conferir valor agregado a diferentes etapas de produção, mas depende de bons líderes para que seja gerenciado da melhor forma.

Diante dessa constante transformação, cabe à liderança na indústria, além da gestão tradicional, ter conhecimentos sobre a evolução digital e como ela contribui com o desenvolvimento do setor.

 

Fábrica do futuro: evolução constante que depende de bons líderes

 

No ambiente industrial, uma discussão bastante comum se relaciona ao futuro da indústria, como explica José Borges Frias Jr, Diretor de Inovação Corporativa da Siemens. “A fábrica do futuro é aquela que conseguirá realizar com sucesso a sua transformação digital. É aquela que aprenderá continuamente, se autoconfigurando e corrigindo seus problemas de forma autônoma”.

A maior questão, agora, é quando isso se tornará norma. Várias empresas já deram os primeiros passos com robôs, com softwares e algoritmos, IoT, computação em nuvem (cloud) e Inteligência Artificial/Realidade mista, que permitem uma análise de dados muito mais eficiente.

Fábricas autônomas vão, eventualmente, exceder o desempenho dos seres humanos em todos os processos de fabricação. Atividades mais físicas e menos desafiadoras intelectualmente serão eliminadas gradualmente, cabendo às pessoas as atividades mais elaboradas intelectualmente, ou seja, a liderança na indústria ganha espaço.

Diante dessa constante transformação, Carlos Tunes, líder de desenvolvimento de negócios da IBM, explica que a transformação digital deve fazer parte do escopo de qualquer líder que deseja comandar negócios de sucesso nos tempos atuais de hiperdigitalização. “Cabe ao responsável pela liderança na indústria estar disposto a adotar novos conceitos para acompanhar a rápida evolução da indústria”, diz.

Segundo o líder da IBM, a liderança 4.0 surge em um momento em que é preciso adequar a cultura corporativa e os processos de produção às inovações que passam a compor as operações e que mudam a maneira como as pessoas se relacionam entre si e com as máquinas.

Com conceitos de digitalização e multicanalidade, esse perfil de liderança na indústria tende a reunir conhecimentos de gestão e de tecnologia que, integrados, são de grande valia para definir estratégias de negócios e gerenciamento de pessoas. Com isso é possível superar os desafios existentes e que estão por vir como consequência de um mercado e sociedade cada vez mais conectados”, indica Tunes.
 

Benefícios da liderança na indústria com conhecimento em digital

 
Para que a transformação digital traga benefícios à indústria é preciso que líderes devam olhar para ela de forma holística, como explica José Borges Frias Jr. “Em primeira instância a transformação deve trazer benefícios de redução de custos e ganhos de produtividade, olhando a produção de forma a otimizar o gerenciamento de ativos e recursos”.

Assim, os responsáveis pela liderança na indústria com conhecimento no digital conseguirão levar os seguintes benefícios à sua empresa:

  • Melhoria da performance;
  • Melhoria nos resultados; e
  • Agilidade contínuo da organização.
  • Não é coincidência que organizações que se mantém líderes nos seus segmentos possuem lideranças com conhecimento digital. Esses líderes buscam constantemente em como devem adotar tecnologias, para melhorar o resultado, a performance e a agilidade da organização”, indica Tunes.

    Segundo o líder de desenvolvimento de negócios da IBM isto é contagioso, pois gradativamente a cultura digital passa a estar permeando toda a organização e não apenas na liderança na indústria.

    Além disso, José Borges Frias Jr ressalta que a transformação digital traz a necessidade das empresas se adequarem, pois as novas formas de trabalho exigem um novo “mindset”. “As equipes deverão trabalhar de maneira mais colaborativa e não raro caminham para uma colaboração aberta, criando resultados relevantes em inovação e criatividade. A organização passa a oferecer uma maior transparência e os líderes empresariais podem ter uma visão completa e precisa da empresa, o que os ajudará a tomar melhores decisões”, explica.

    A base para isso exige o chamado “life-long learning”, ou seja, não só o líder, mas todos na organização devem buscar o aprendizado contínuo. “Há quem interprete isso como um problema, mas ao meu ver é outra vantagem, e precisa ser incentivada pelo líder 4.0”, opina Borges Frias.

    Por fim, Tunes ressalta que o perfil do Líder 4.0 não é essencial para o “atual” momento, mas para o “novo” momento. “É um processo evolutivo que incorpora a contínua análise de novas tecnologias, aonde e como podem gerar benefícios para a sua organização e implementá-las rapidamente, para tomar proveito da vantagem competitiva para o negócio”, complementa.
     

    A liderança na indústria depende de líderes curiosos e atuantes

     
    Seja na indústria ou em qualquer outro setor, a digitalização não acontece de forma isolada, pelo contrário, a transformação digital tem acontecido em organizações de diversos setores e portes de forma contínua. A indústria, por exemplo, tem passado por grandes evoluções nos últimos anos.

    Assim, para Carlos Tunes, o líder que deseja acompanhar essa movimentação deve manter-se curioso e um pouco inconformado. “Manter-se curioso é fazer perguntas e buscar conhecimento em fontes diferentes (parceiros, clientes, colegas e outras empresas referências no mercado, em empresas de segmentos diferentes), para que o aprendizado seja contínuo”.

    Ser um pouco inconformado, é analisar o uso de novas tecnologias e o aprimoramento de processos está ligado também à flexibilidade e à capacidade de adaptação, usando novas soluções para problemas antigos.

    Estar inserido em um ambiente digital, consumindo informação e sendo usuário de soluções digitais, pode ajudar na familiarização com essas ferramentas, entendendo na prática o valor da tecnologia para trazer facilidade e agilidade no dia a dia e seu potencial em uma aplicação em larga escala”, salienta.

    Por fim, para a liderança na indústria 4.0 é fundamental ter em mente que a gestão de um negócio digital segue regras diferentes das regras de gestão de um negócio tradicional. “Cabe aos responsáveis pela liderança a indústria se prepararem e conduzirem a empresa para que ela siga no caminho da transformação digital”, finaliza José Borges Frias Jr.

    Fonte: A Voz da Indústria

    Publicado por: PolySeal

    6 habilidades que um bom líder de chão de fábrica deve ter

    Existem habilidades que todo bom líder de chão de fábrica deve ter para melhor liderar sua equipe, trazendo benefícios para a indústria. Confira.

    Você já parou para pensar o quão importante é o papel de um líder de chão de fábrica para as indústrias? Hoje em dia ele é protagonista desse novo momento do setor industrial, como abordaram as palestras da segunda edição da Indústria Xperience.

    Independentemente do ramo de atuação, é fundamental que as indústrias invistam em desenvolver os líderes de chão de fábrica, já que eles são os responsáveis por liderar e gerir equipes visando a máxima eficácia.

    O mais interessante é que todo bom líder de chão de fábrica deve possuir 6 habilidades de maior importância que, quando presentes, contribuem com a melhoria contínua dos processos e permite uma boa condução da equipe de trabalho.

    Para indicar quais são essas habilidades, conversamos com dois especialistas na área: Thiago Coutinho, CEO da Voitto, e Thayse Ferro, Coordenadora de Educação Empresarial e Desenvolvimento de Carreira – IEL/AL.

    1. Ser líder de chão de fábrica através do exemplo

    Imagine um determinado líder de chão de fábrica que não respeite prazos, não faça uso de EPI ‘s e está sempre atrasado para as reuniões. Certamente, seus liderados seguirão os mesmos hábitos e será muito difícil corrigir esses erros no futuro, não é verdade?

    Para Thiago Coutinho, um bom líder é aquele que inspira seu time por meio de bons exemplos. “Essa é uma de suas habilidades mais importantes”, diz o CEO da Voitto.

    Além disso, a forma de falar, se comportar diante das situações adversas, utilizar equipamentos de proteção, e respeitar a cultura organizacional são comportamentos que o líder precisa garantir e estão aderentes ao que ele solicita para seu time, uma vez que a tendência é os liderados usarem o líder como referência.

    Esse estilo de liderança deve ser contínuo, em várias dimensões da vida, para que possa ser coerente”, complementa Thayse Ferro.

    2. Desenvolver habilidades de liderança de forma contínua

    Um grande profissional é aquele que nunca para de estudar e está sempre antenado às tendências do mercado, além de novas estratégias, metodologias e habilidades requisitadas.

    Mas para saber quais habilidades necessitam ser desenvolvidas, Thayse Ferro salienta que o líder de chão de fábrica precisa ter uma clara percepção das suas competências, emoções, pontos fortes e fracos.

    Um líder que tem consciência do efeito que seus sentimentos têm sobre si mesmo fará um esforço para expressar suas emoções de forma adequada com a equipe, mesmo quando o contexto é desagradável”.

    3. Saber ouvir e observar

    Saber ouvir é um grande desafio para todo líder de chão de fábrica. Isso exige a disposição de parar e ouvir com atenção, principalmente quando as atividades do dia a dia pedem agilidade para resolver tudo.

    Quando o líder observa como seu squad trabalha e reage diante das decisões e estimula conversas que são acessíveis, ele estabelece conexões baseadas em confiança que irão refletir nos resultados da equipe”, indica Thiago Coutinho.

    Essa é uma habilidade que todo líder deve ter, pois:

    • Gera uma relação de confiança com os colaboradores;
    • Permite que o líder de chão de fábrica tenha informações do que está acontecendo, podendo se antecipar às soluções; e
    • Demonstra abertura para novas ideias e sugestões de melhoria.

    4. Ter capacidade técnica e conhecimento tecnológico

    No chão de fábrica, é extremamente importante que o líder possua um vasto conhecimento técnico, principalmente para conseguir auxiliar sua equipe na resolução de diferentes problemas da indústria, como explica a Coordenadora de Educação Empresarial e Desenvolvimento de Carreira da IEL/AL.

    Garantir maior qualidade e produtividade com baixo custo são algumas das preocupações dos líderes de chão de fábrica, por isso ter competência técnica é fundamental, uma vez que as atividades desenvolvidas exigem conhecimentos técnicos e tecnológicos por parte do líder”.

    Além disso, para o CEO da Voitto “o líder deve estar a par das principais tendências do mercado e em constante aprendizado com as metodologias, ferramentas e softwares vigentes dentro deste ambiente”.

    5. Saber comunicar informações para a equipe

    Manter as equipes de trabalho bem informadas sobre a missão, visão, e valores da empresa torna o time informado, envolvido e sempre motivado com o propósito institucional. Também facilita a construção de planos de ação da fábrica.

    Cabe ao líder do chão de fábrica manter seus colaboradores sempre informados a respeito dos rumos da empresa, estratégias adotadas, resultados alcançados e metas globais da companhia”, indica Coutinho.

    Além disso, deixar o time informado sobre os produtos do portfólio, metas, e projetos futuros também desperta o sentimento de pertencimento de colaboradores, que é essencial para trazer bons resultados.

    No entanto, a coordenadora do IEL/AL indica que essa relação não deve acontecer na forma de cobrança do líder para seu colaborador, e nem de modo que pareça “forçado” ou como forma de obrigação. “A comunicação deve permitir um entendimento claro sobre a atividade e não uma forma de obrigação”, diz.

    6. Delegar tarefas é essencial

    Delegar é preciso! Para alcançar os objetivos da produção industrial, é necessário executar muitas responsabilidades e, ainda, cuidar das pessoas.

    Assim, para cumprir prazos e alcançar resultados positivos, o líder de chão de fábrica deve delegar algumas de suas responsabilidades. Para tanto, a equipe precisa estar qualificada a fim de garantir que os objetivos empresariais sejam cumpridos.

    Outro fator importante citado no momento de delegar tarefas é ter uma comunicação clara sobre o que deve ser feito, quando e como fazer. “Um bom líder desenvolve pessoas para ser tão boas quanto ele, então delegar passa a ser fácil”, completa Ferro.

    Um bom líder é aquele que consegue extrair a melhor versão do seu time e fazer com que a produtividade aumente com resultados cada vez melhores, escolhendo pessoas certas, sendo aberto às sugestões e possuindo uma didática muito clara”, finaliza Coutinho.

    Na dúvida de como verificar qual a melhor vedação para seu equipamento, consulte um de nossos vendedores. A Polyseal é pioneira no ramo do desenvolvimento de soluções para vedações, trabalhando com tecnologia e qualidade há quase 30 anos. Entre em contato conosco e não sofra mais com paradas inesperadas.

    Chão de Fábrica – como melhorar a gestão?

    Fonte: Novidá

    chão de fábrica é o coração de qualquer indústria. É lá que as coisas realmente acontecem e onde devemos unir esforços para aumentar a produtividade. Assim, é essencial que gestores saibam formar uma boa equipe, definam um bom planejamento, acompanhem de perto o que acontece na linha de produção tenham ferramentas adequadas para mensurar os resultados conquistados.

    Construindo o time no chão de fábrica

    O primeiro passo de uma boa gestão de chão de fábrica está no recrutamento dos colaboradores. Mais do que grau de escolaridade, o que deve ser levado em conta nessa fase é a capacidade técnica dos profissionais. Como hoje a indústria é bastante segmentada, vale a pena optar por candidatos mais especialistas, que fizeram cursos na área desejada.

    Porém, lembre-se de pensar também no lado estratégico. Procure profissionais com sede por aprendizado e que consigam pensar o negócio como um todo. Hoje, o chão de fábrica é um segmento onde as empresas buscam constante inovação e otimização do processo produtivo. Portanto, é preciso contar com profissionais que tenham capacidade analítica e não trabalhem de um “modo automático”.

    Com a equipe em mãos, é fundamental estar atento ao desempenho de cada colaborador, recompensar aqueles que atingirem os melhores resultados e encontrar formas de treinar e motivar os que não estiverem performando.

     

    Planejamento

    Planejar os processos no chão de fábrica não é uma tarefa simples. Já falamos aqui sobre o Planejamento e Controle de Produção (PCP) e da importância dele para toda a indústria. Basicamente, o grande desafio para um bom planejamento é saber focar nos processos e nas pessoas.

    Assim, é importante ressaltar que o planejamento deve ser feito considerando as opiniões de quem está na linha de frente. Não são apenas gestores que devem coordenar os movimentos da fábrica, mas os próprios trabalhadores precisam mostrar onde estão as principais dificuldades e trazer insights sobre como resolvê-los.

    Ou seja, é fundamental que tanto o setor estratégico (PCP) quanto a área operacional (chão de fábrica) estejam sempre alinhados e dispostos a melhorar os processos de toda operação. Para isso, é necessário um bom planejamento e comunicação constante entre as áreas.

    Acompanhamento e gestão

    É essencial que informações importantes do processo produtivo sejam mensuradas e compartilhadas com toda equipe. Muitas fábricas utilizam, por exemplo, o método de gestão à vista, cuja finalidade é mostrar a todos os envolvidos o que está acontecendo na produção. Dessa forma, informações como peças produzidas, índice de qualidade, tempo médio em cada etapa são anotadas em um grande quadros ou monitores visíveis a todo time.

    Hoje já existem sistemas tecnológico que permitem essa visualização do chão de fábrica de uma forma ainda mais assertiva e completa. Ao monitorar as atividades realizadas no ambiente de trabalho, fica muito mais fácil entender onde estão os principais gargalos e como solucioná-los

    Análise e tomada de decisões

    Ter esse cuidado de levantar e documentar métricas é fundamental para aumentar a produtividade no chão de fábrica. E claro, com os dados em mãos, é essencial que os gestores façam análises e tomem decisões a partir do que foi visualizado.

    Se os gestores tiverem o cuidado de calcular tempos e movimentos de seus colaboradores, por exemplo, eles terão uma noção clara de quais são as atividades que estão demandando mais de seus funcionários e podem comparar o desempenho deles. Isso facilita a tomada de decisão, que pode vir na forma de um treinamento específico, da recolocação de ou até de um auxílio mais próximo por parte do gestor.

     

    Tecnologia na gestão do chão de fábrica

    Como vimos, é importantíssimo ter métricas para maior controle da produtividade na indústria. Porém, se isso é feito de forma manual, com os próprios colaboradores lançando os dados, é possível que surjam alguns problemas nesse levantamento. Primeiramente, o gestor não terá em tempo real as informações referentes à operação. Além disso, é possível haver erros e falha humana no processo.

    A tecnologia pode entrar em cena para ajudar na gestão do chão de fábrica. Existem softwares, como os bpms que auxiliam no apontamento de produção, por exemplo. Por meio deles, é possível ter uma melhor visualização das tarefas, acompanhar o andamento da produção e monitorar os recursos da fábrica de forma muito mais rápida e organizada do que se feito manualmente.

    Porém, é comum que esses dados ainda sejam colocados manualmente em softwares como esse. Ou seja, alguém sempre terá que descrever quais tarefas estão sendo realizadas.

    Com um sistema de geolocalização indoor, a situação muda de figura. Isso porque é possível mapear o que realmente está acontecendo no chão de fábricas. Por meio de sensores, o gestor tem na palma da mão toda a movimentação de recursos dentro da planta. Dessa forma, não há falhas de métricas no processo e os insights que podem ser tirados são muito mais precisos.

     

    Uma reflexão sobre as vantagens e desvantagens da indústria 4.0: O que vai mudar?

    Fonte: Inovação Industrial 

    Muito se fala sobre a chegada da Indústria 4.0 e como o uso de novas tecnologias e ferramentas vai transformar os processos e a gestão na manufatura. A verdade é que essa revolução vem acontecendo desde 2011 e já impacta a vida das pessoas aos redor do mundo.

    Assim como essas mudanças trazem diversos benefícios para os negócios, elas também podem ter alguns contras. Neste post, vamos explicar melhor essas vantagens e desvantagens da Indústria 4.0, o que pode mudar e como as organizações podem se preparar. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

    As vantagens da Indústria 4.0

    É de se esperar que a Quarta Revolução Industrial proporcione diversos benefícios para as empresas de manufatura. Confira, nos próximos tópicos, as principais vantagens que as mudanças podem trazer para os negócios.

    Aumento da produtividade

    O investimento em tecnologia permite que diversos processos sejam automatizados, trazendo mais agilidade e precisão em sua execução. A partir daí, colaboradores podem ser alocados em atividades mais estratégicas, que realmente agreguem valor para os resultados e sejam condizentes com os objetivos do negócio.

    Ganho em eficiência

    Na Indústria 4.0, os recursos empresariais são utilizados com mais inteligência, além do ganho em agilidade e redução de erros na execução dos processos. Isso é sinônimo de aumento da eficiência operacional e melhoria nos indicadores de desempenho do negócio.

    Redução dos custos de produção

    Na Indústria 4.0, as máquinas têm maior capacidade de autonomia na execução dos processos ou mesmo na programação de rotinas de manutenção. Isso, aliado ao ganho de eficiência, gera oportunidades de reduzir os gastos, gerar economias (o chamado saving) e aprimorar os resultados.

    Continuidade dos negócios na manufatura avançada

    A manufatura avançada tem como base a inovação tecnológica, a busca pela redução de custos, estratégias diferenciadas de produção digital e, principalmente, a integração digital das cadeias de valor — desde o início da produção até a disponibilização para os clientes. A Indústria 4.0 dá continuidade a essa transformação digital, mantendo a evolução e modernização da manufatura.

    Operações integradas

    A promoção das chamadas fábricas inteligentes também é outra grande vantagem da Indústria 4.0. Nelas, é possível monitorar as máquinas e equipamentos em tempo real, mesmo em modo remoto. Assim, os dados ficam disponíveis para o controle da gestão — aumentando ainda mais a transparência dos processos.

    O que há de desvantagens

    Assim como existem várias vantagens na evolução para a Indústria 4.0, existem também alguns desafios que devem ser superados. Conheça os principais nos próximos tópicos.

    Dificuldade para encontrar mão de obra capacitada

    As empresas precisarão garantir que seus funcionários tenham as habilidades necessárias para lidar com novas tecnologias e formas de trabalho. Além do mais, encontrar colaboradores que adotem a Internet das Coisas (IoT) e outras tecnologias pode ser um desafio, por se tratar de soluções ainda novas no mercado.

    Na realidade, o ideal é que as empresas invistam em programas de treinamento, com foco em ultrapassar a barreira da resistência a mudanças. Assim, torna-se possível manter uma quantidade considerável de postos de trabalho.

    Desemprego

    A falta de mão de obra capacitada para lidar com as novas tecnologias (e a resistência à mudanças) pode gerar uma onda de desemprego. É possível que isso aconteça em decorrência da quantidade de profissionais com conhecimento obsoleto, que não se atualizaram para as mudanças trazidas pela Indústria 4.0.

    Ciberataques

    Também se pode esperar problemas de segurança, à medida que mais dispositivos são conectados à Internet. Um estudo da empresa de segurança cibernética Fortinet traz dados que o Brasil já sofreu mais de 15 bilhões de tentativas de ataques, apenas no segundo trimestre de 2019. A cada novo ponto de acesso, uma nova vulnerabilidade surge e é aí que as organizações devem garantir que os protocolos de segurança sejam devidamente robustos antes de ampliar a utilização da tecnologia.

    Utilização das tecnologias para fins escuros

    Outra grande preocupação está em como a tecnologia será utilizada no mercado. Ao mesmo tempo em que ela pode ser implementada com a intenção de otimizar os processos industriais, pessoas mal intencionadas também podem adotá-las com a intenção de prejudicar organizações e outras pessoas. Isso está diretamente ligado ao aumento da ocorrência de ciberataques.

    O que pode mudar com a chegada da indústria 4.0

    A Quarta Revolução Industrial já nos faz esperar por uma grande disrupção — tanto na forma como os processos são geridos quanto na utilização de novas tecnologias. Porém, não para por aí. Conheça as outras mudanças que podem acontecer nesse processo de evolução.

    Descentralização das decisões

    As decisões não serão mais tomadas apenas por um gestor. Com o aumento do controle das informações e o acesso a diversos dados da operação em tempo real, os líderes e os próprios colaboradores terão mais autonomia para definir algumas questões.

    Incorporação de novas habilidades

    Como dito, as novas tecnologias e a mudança nos paradigmas faz com que os profissionais tenham que se atualizar para se manterem no mercado. Nesse sentido, outra grande mudança que pode ser esperada é a incorporação de novas habilidades e conhecimentos.

    Automatização dos processos

    Além dos sistemas já bastante conhecidos no mercado (como o ERP), as empresas precisarão investir ainda mais na automatização de processos. Essa transformação digital é o caminho para a manufatura avançada que, por sua vez, converge para a Indústria 4.0 à medida que a digitalização e a robotização, por exemplo, vão sendo integradas aos processos. Nesse sentido, a tendência é que sejam utilizadas cada vez mais tecnologias como:

    • Internet das Coisas;
    • aprendizado de máquinas (machine learning);
    • inteligência artificial;
    • big data;
    • realidade virtual e aumentada;
    • impressão em 3D.

    Todas elas são fundamentais e ajudam a gerar mudanças significativas na indústria. Elas geram ganho de eficiência e são essenciais para que se possa acessar informações de maneira rápida, fácil e em tempo real.

    Como se preparar para as mudanças

    Para se preparar para as mudanças a serem enfrentadas, as empresas precisam se organizar e criar um planejamento. Isso porque não basta investir em tecnologias, de forma isolada. Para que uma empresa faça parte da Indústria 4.0, ela precisa fazer com que essas soluções sejam integradas, além de tornar a planta mais inteligente.

    Feito o planejamento, é hora de começar a preparar a empresa para as mudanças que precisam ser colocadas em prática. Entre as ações que devem ser colocadas em prática nesse sentido, podemos citar:

    • a mudança na cultura organizacional;
    • a tecnologia com um destaque maior, ocupando papéis estratégicos (e não apenas de suporte, como nos modelos tradicionais);
    • a capacitação dos colaboradores e a contratação de profissionais com novas habilidades;
    • a gestão voltada para a inovação;
    • transparência com colaboradores e clientes sobre as mudanças e possíveis imprevistos que podem ocorrer.

    Os gestores precisam considerar as vantagens e desvantagens da Indústria 4.0 ao criar um plano de ação para se adequar às mudanças. Apesar dos desafios que ainda precisam ser enfrentados, é sempre importante lembrar que as revoluções anteriores trouxeram sucesso para os negócios — além de modernizações que impactaram as relações de consumo e a sociedade como um todo.

    Vendas da indústria de máquinas e equipamentos têm alta de 29%

    Fonte: Agência Brasil

    As vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos totalizaram no mês de março R$ 16,9 bilhões, resultado 28,9% superior ao registrado no mesmo mês de 2020. Com isso, o primeiro trimestre do ano do setor encerrou com crescimento de 28%. Os dados, divulgados hoje (28), são da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

    Da receita total de R$ 16,9 bilhões, R$ 13,3 bilhões foram de vendas para o mercado interno brasileiro, resultado 45,1% superior a março de 2020.

    “O mercado doméstico continua como o responsável pela melhora no desempenho em alguns dos setores fabricantes de máquinas e equipamentos. Em março, o crescimento da receita interna foi 21,7% na comparação com o mês de fevereiro de 2021 e de 45,1% em relação a março de 2020”, destacou a entidade, em nota.

    Exportações

    O setor vendeu ao exterior, no mês de março, R$ 650,3 milhões em equipamentos, montante 2,5% inferior ao registrado no mesmo mês de 2020. Em relação a fevereiro, as exportações foram 8,5% maiores.

    “Com a aceleração do ritmo de vacinação em importantes economias, o comércio internacional vem ganhando ritmo e com ele a melhora nas exportações. Nos meses de fevereiro e março, houve crescimento em relação ao mês anterior (9,8% e 8,5% respectivamente). Mantido o atual patamar de vendas (US$ 600 milhões mês), teremos um cenário positivo para as exportações neste ano”, ressaltou a entidade.

     

    5 erros comuns no chão de fábrica e como evitá-los

    Fonte: A voz da indústria 

    Em qualquer indústria, o chão de fábrica é o coração da atividade. Quando ele funciona de forma plena, todas as operações são mais facilmente controladas. Entretanto, alguns erros comuns no chão de fábrica podem comprometer a eficiência da linha de produção.

    Por essa razão, independentemente do segmento ou do porte da indústria, corrigir esses erros comuns no chão de fábrica é uma necessidade recorrente de muitos gestores para tornar a indústria mais eficiente e produtiva.

    Mas quais são os principais erros? Listamos os mais comuns, assim como suas respectivas dicas para evitá-los e melhorar o dia a dia da indústria.

    Erros comuns no chão de fábrica

    1. Ambientes desorganizados: falta de organização resulta em processos falhos

    Manter a organização no trabalho é um dos bons hábitos que todo colaborador que atua no chão de fábrica deve ter. Afinal, se o chão de fábrica não estiver organizado, a empresa pode ter problemas quanto à perda de produtividade e difícil localização das ordens de produção.

    Porém, para Jane Gaspar Coelho Pinto, Engenheira de Desenvolvimento do Centro de Produção Cooperada da Fundação CERTI, o ambiente e cadastros desorganizados não refletem os verdadeiros problemas. “Qualquer ação de mudança ou melhoria tem grande chance de dar errado, por não se encontrar a verdadeira causa do problema”, diz.

    Para a engenheira, o primeiro passo para evitar os erros comuns no chão de fábrica sempre será a organização, que pode ser realizada por etapas, e deve fazer parte do dia a dia e da cultura da empresa. “A recomendação é o nosso antigo e confiável 5S”, completa.

    Porém, não existe “receita de bolo” para manter a organização nas empresas, afinal cada uma tem sua característica e sua cultura. “Não se pode ter pressa na execução e sim ter persistência na ação de manter e melhorar, que deve ser pautada no exemplo da equipe gerencial, na disciplina e na identificação de oportunidades de melhorias”, completa Jane.

    Ter essa organização ajuda a evitar erros comuns no chão de fábrica, e, também, possibilita:

    • Localizar rapidamente aquilo que precisamos;
    • Evita duplicidade de informações;
    • Facilita o fluxo de informação e de produção.

    Tudo fica mais enxuto, encurtando distâncias, economizando tempo e favorecendo o melhor desempenho das pessoas e da empresa como um todo.

    Em qualquer indústria, o chão de fábrica é o coração da atividade. Quando ele funciona de forma plena, todas as operações são mais facilmente controladas. Entretanto, alguns erros comuns no chão de fábrica podem comprometer a eficiência da linha de produção.

    Por essa razão, independentemente do segmento ou do porte da indústria, corrigir esses erros comuns no chão de fábrica é uma necessidade recorrente de muitos gestores para tornar a indústria mais eficiente e produtiva.

    Mas quais são os principais erros? Listamos os mais comuns, assim como suas respectivas dicas para evitá-los e melhorar o dia a dia da indústria.

    Erros comuns no chão de fábrica

    1. Ambientes desorganizados: falta de organização resulta em processos falhos

    Manter a organização no trabalho é um dos bons hábitos que todo colaborador que atua no chão de fábrica deve ter. Afinal, se o chão de fábrica não estiver organizado, a empresa pode ter problemas quanto à perda de produtividade e difícil localização das ordens de produção.

    Porém, para Jane Gaspar Coelho Pinto, Engenheira de Desenvolvimento do Centro de Produção Cooperada da Fundação CERTI, o ambiente e cadastros desorganizados não refletem os verdadeiros problemas. “Qualquer ação de mudança ou melhoria tem grande chance de dar errado, por não se encontrar a verdadeira causa do problema”, diz.

    Para a engenheira, o primeiro passo para evitar os erros comuns no chão de fábrica sempre será a organização, que pode ser realizada por etapas, e deve fazer parte do dia a dia e da cultura da empresa. “A recomendação é o nosso antigo e confiável 5S”, completa.

    Porém, não existe “receita de bolo” para manter a organização nas empresas, afinal cada uma tem sua característica e sua cultura. “Não se pode ter pressa na execução e sim ter persistência na ação de manter e melhorar, que deve ser pautada no exemplo da equipe gerencial, na disciplina e na identificação de oportunidades de melhorias”, completa Jane.

    Ter essa organização ajuda a evitar erros comuns no chão de fábrica, e, também, possibilita:

    • Localizar rapidamente aquilo que precisamos;
    • Evita duplicidade de informações;
    • Facilita o fluxo de informação e de produção.

    Tudo fica mais enxuto, encurtando distâncias, economizando tempo e favorecendo o melhor desempenho das pessoas e da empresa como um todo.

    2. Treinamento de profissionais falho: falta de interesse e desmotivação são grandes problemas

    O segundo dos erros mais comuns no chão de fábrica está relacionado à falta de treinamento. Para a engenheira da CERTI o principal problema da falta de treinamento dos profissionais de chão de fábrica é a desmotivação e desinteresse pelo trabalho executado, acarretando erros e desperdícios generalizados.

    Neste sentido, ouvir o que os subordinados pensam e estimular a formação de senso crítico e participativo, sempre com o objetivo de resolver problemas que afetam as metas de trabalho, é fundamental.

    “Não há nada tão eficaz quanto o espírito de colaboração e a iniciativa daqueles que acreditam em seu trabalho. Isso é conseguido com participação e capacitação continuada”, completa Jane.

    Com isso, todos devem entender o negócio, a missão, os grandes propósitos e os planos empresariais, com fluxo de informações rápidos e constantes, além da transparência da organização. “A participação coletiva na definição dos objetivos da empresa é a melhor forma de assegurar o compromisso de todos com sua execução”, complementa a especialista.

    3. Ausência de checklists e processos: “O que não é medido, não é gerenciado!”

    A frase aqui citada é de Edward Deming e representa muito bem o que significa a ausência de checklist e falta de conhecimento dos processos – um dos erros comuns no chão de fábrica.

    Tudo que pode ser medido, pode ser melhorado. Para isso, deve-se criar um conjunto de indicadores que retratam a situação existente para, depois, compará-la com outras situações em que as melhorias e inovações introduzidas possam ser avaliadas.

    “A prática de utilização de checklist permite levantar, verificar dados e fatos, a fim de facilitar a análise da situação”, acredita Jane. Com isso, é possível obter uma rápida percepção da realidade e uma imediata interpretação da situação, ajudando a diminuir erros comuns no chão de fábrica e tomadas de decisão que não refletem a realidade da empresa.

    Dessa forma, o checklist deverá ser atualizado para manter a representatividade da empresa, sendo traduzido em indicadores de longo prazo para dar sustentação a ela. Ele também deve demonstrar que todas as frentes de trabalho relacionadas a resultados, melhorias ou inovação passam pela necessidade de um diagnóstico – que, por sua vez, precisa ser analisado à luz de fatos e dados.

    4. Falta de manutenção é um dos erros comuns no chão de fábrica e compromete o dia a dia da indústria

    As máquinas, equipamentos e instalações prediais são o patrimônio da empresa e precisam ser conservadas e mantidas em suas condições perfeitas de trabalho. Assim, a falta de cuidados é um dos erros mais comuns no chão de fábrica, e acarreta paradas de produção não previstas. Consequentemente, gera prejuízos, como perda de produtividade, acidentes, estragos em outros conjuntos de peças, custos de correção elevados, perda permanente dos equipamentos e/ou instalações.

    Dessa forma, para Jane Coelho, a manutenção, quando realizada de maneira preventiva e planejada, deve ser encarada como um retorno de investimento. “O resultado de um bom planejamento é a melhoria sem imprevistos na produção, com qualidade e atendimento dentro dos custos e prazos em produtos e serviços”.

    Além disso, para a engenheira da CERTI, um programa de manutenção também está embasado no melhor entendimento dos itens listados anteriormente:

    1. organização,
    2. treinamento e
    3. realização de acompanhamentos com checklist.

    Esses itens são muito importantes para avaliação de horas de operação, desempenho dos equipamentos e garantia de resultados, além da melhoria contínua daquilo que foi proposto como importante dentro da gestão de manutenção. “Este deve ser um programa vivo e com evidências de economia e não parada de máquinas por falta de manutenção”, completa.

    5. Excessiva perda de materiais: a causa mais comum de falta de matéria-prima

    Perdas e retrabalhos são outros dos erros comuns no chão de fábrica, e uma das causas da falta de matéria-prima nas empresas, impactando na parada de linha de produção no chão de fábrica ou até resultado em produtos incompletos.

    Iniciar a produção incompleta, sem todos os itens de matéria-prima necessários é uma das decisões produtivas mais negativas. “Normalmente, é tomada como alternativa para que a produção não pare, acreditando que se vai adiantar os itens e depois somente completar o produto. Porém, isso impacta em fazer o setup da linha para prepará-la para o modelo, comprometer a equipe e depois não terminar o produto”, esclarece a engenheira.

    As causas de falta de matéria-prima estão ligadas ao planejamento ou cadastro de produtos mal executados, com utilização de recursos de tratamento de dados incompletos ou sem possibilidade de rastreabilidade dos resultados, causando perdas por obsolescência, prazo de validade ou compras com especificações diferentes das projetadas.

    Outra possibilidade para a perda de matéria-prima são as ocorrências de defeito, seja por manuseio ou processos inadequados, implicando em produção de itens defeituosos ou com a qualidade abaixo do esperado.

    Para corrigir este, que é um dos erros comuns no chão de fábrica, prioriza-se o controle do seu estoque de matéria-prima, que deve ser conservada, contada e administrada.

    “Os sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS) ajudam a confiar na disponibilidade da matéria prima. É possível reduzir o estoque de matéria prima ao mínimo – nem mais, nem menos – pois ela não pode faltar. O contato com o fornecedor deve ser de confiança e a parceria deve ser sólida”, indica.

    Para isso, é importante definir a curva ABC dos materiais, o estoque de segurança de cada item e o ponto de pedido, sempre relacionado com o planejamento da produção.

    Além disso, uma linha de produção é mais efetiva quando não há falta de peças e a ociosidade é reduzida, pois a dedicação de todos os operadores fica direcionada à tarefa principal.

    Por fim, a prioridade de qualquer projeto, dentro da empresa, deve sempre ser determinada pelas atitudes e persistência dos gestores com a definição de propósitos por meio de processo de planejamento participativo, integrado e baseado em dados corretos e abrangentes.

    “Com isso, conquistamos o comprometimento, confiança, alinhamento e convergência de ações, tornando a indústria muito mais efetiva” e reduzindo os erros comuns no chão de fábrica.

    As fábricas são peças fundamentais dentro da economia brasileira, entenda como a Industria é o motor da economia brasileira.

    A indústria é o motor da economia brasileira

    Fonte: CNN Brasil

    O setor industrial nunca foi tão vital para a economia brasileira. Com a crise desencadeada pela pandemia do coronavírus, o país sentiu como o setor consegue inovar, assimilar tecnologias e desenvolver produtos.

    Graças à indústria, todos os outros setores são fortalecidos. E é ela a responsável por gerar empregos indispensáveis para a retomada econômica.

    Importância da indústria para a economia

    Um país do tamanho do Brasil não consegue ser sustentável sem uma indústria forte e competitiva. A indústria é o principal polo gerador de tecnologia e de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para o sistema produtivo de uma maneira geral, desempenhando um papel estratégico no fortalecimento de todos os demais setores brasileiros.

    Abaixo alguns exemplos de como a indústria contribui para o desenvolvimento da economia nos mais variados segmentos: 

    •  Mecanização e uso de colheitadeiras na área agrícola, desenvolvimento de sementes mais produtivas e defensivos agrícolas mais eficazes e seguros;
    • Utilização da biotecnologia e nanotecnologia;
    • Produção de caminhões e máquinas para uso na mineração;
    • Modernização de fornos para uso no setor cerâmico e de produção de cimento;
    • Inovações e fabricação de equipamentos de comunicação;
    • Criação e produção de computadores, armazenamento de informações na nuvem e de operações ?nanceiras online.

    “A indústria nacional viabiliza o desenvolvimento de serviços de alto valor agregado, como pesquisa científica, design, logística e marketing. Tanto a agricultura brasileira, que está entre as mais competitivas do mundo, quanto o setor de comércio e serviços dependem de uma indústria forte.” Diz Robson Braga de Andrade (Presidente da CNI).

    Segundo dados do IBGE e do Ministério da Economia, em 2019, o setor respondeu por 21,4% do PIB nacional. Em função de sua extensa cadeia de fornecedores, cada R$ 1 produzido na indústria gera R$ 2,40 na economia nacional como um todo. Nos demais setores, o valor é menor: R$ 1,66 na agricultura e R$ 1,49 em comércio e serviços.

    O setor emprega 9,7 milhões de trabalhadores que garantem o sustento de suas famílias, o equivalente a 20,4% dos empregos formais do país. Destes, 6,8 milhões estão alocados apenas na indústria de transformação. E os que possuem ensino superior completo ganham 33% a mais do que a média do país, contribuindo para o aumento da renda per capita dos brasileiros.

    E ainda, o setor representa 69% das exportações brasileiras de bens e serviços, 69% dos investimentos em P&D da iniciativa privada e 33% da arrecadação de tributos federais, exceto receitas previdenciárias.

    Valorização da indústria

    O Brasil reúne uma série de fatores que acabam desestimulando o empreendedorismo e a atividade produtiva, como a burocracia e as elevadas taxas de impostos. A legislação básica, regulatória e institucional precisa jogar a favor de quem deseja abrir e manter um negócio – e não contra. Esse é um desafio para o Congresso, o Poder Executivo, o Judiciário e para toda a sociedade.

    Uma política industrial que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação das estruturas produtivas é o que o país precisa. Os investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação são peças-chave para o país desenvolver modelos de produção e de negócios conectados com a indústria 4.0 e com a economia de baixa emissão de gases do efeito estufa.

    O desafio para a retomada do crescimento sustentado é reduzir ao máximo o chamado Custo Brasil. O Brasil precisa de um ambiente favorável aos negócios, que ofereça segurança jurídica, melhore as expectativas e estimule o investimento, o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Por isso precisamos avançar nas reformas estruturais, sobretudo a tributária e a administrativa.

    A indústria precisa de uma economia organizada, com regras claras, com soluções adequadas para os principais obstáculos sistêmicos que reduzem sua competitividade, passando pela questão logística, pelos custos de energia e pelas relações de trabalho.

    A linha de produção da sua indústria não pode parar, entenda como a manutenção preventiva e preditiva de maquinário podem te ajudar.

    O real valor da produção industrial

    Fonte: Portal da Indústria

    Cada real produzido pelas fábricas brasileiras gera mais de dois reais no PIB e estimula a atividade econômica e o emprego em outros setores, da a agricultura aos serviços.

    Desde 2003, o engenheiro agrônomo e produtor rural Cássio Kossatz, do Paraná, vem investindo em tecnologias para auxiliar suas decisões e obter o melhor retorno nas fazendas da família. “Depois de estágio de um ano nos Estados Unidos, decidimos  investir pesado em tecnologia, como o uso de máquinas com piloto automático para plantio, colheita e pulverização”, explica ele, também diretor da K2 Agro, empresa que presta serviços de agricultura de precisão com o objetivo de reduzir custos, aumentar a produtividade e diminuir impactos ambientais.

    Kossatz destaca que o uso de inovações desenvolvidas pela indústria contribui cada vez mais para melhorar o resultado da produção no campo. “São sistemas que permitem usar quantidade variável de adubo e semente nas plantadeiras para fazermos as chamadas zonas de manejo, visando não só ao aumento da produtividade, mas também à otimização de insumos”, conta o produtor. O equipamento, guiado via satélite, é usado nas três fazendas da família nas cidades paranaenses de Ipiranga, Ponta Grossa e Tibagi.

    “Desde 2012, o ano em que fizemos o investimento mais pesado, o que mudou é que a indústria evoluiu e hoje o acesso a essas tecnologias ficou muito mais simples. Naquela época, tudo precisava ser adaptado e não tínhamos muito suporte. Tivemos que aprender com a tecnologia”, lembra Kossatz.

    Segundo ele, atualmente um software mapeia a colheita e gera dados de produtividade, indicando onde o solo precisa de mais adubos. “Esses equipamentos nos permitiram reduzir em 60% o uso de insumos no primeiro ano, em 80% o de calcário e em 50% o de fósforo”, relata.

    O uso de uma plantadeira, equipada com tecnologia de geoposicionamento via satélite (GPS) e uma série de ferramentas que orientam as várias etapas da produção agrícola, permite distribuir uniformemente as sementes. Esse tipo de equipamento é um exemplo de como a indústria, por meio do desenvolvimento de novos produtos, pode contribuir para proteger o meio ambiente da ação agropecuária, com o aumento da produtividade sem ampliação da área agricultável e a redução do dano ambiental com uso de produtos ecológicos.

    Na  avaliação do economista Antonio Márcio Buainain, professor da Universidade de Campinas (Unicamp), quando se analisa o papel da indústria e das relações intersetoriais, fica claro que ela é ainda um motor relevante, com participação significativa na geração de empregos formais diretos, no próprio setor, e indireto, nos demais setores, como também na arrecadação de tributos. “Enganam-se aqueles que pensam que um país da dimensão do Brasil pode ser sustentável sem uma indústria forte e competitiva. Sem uma indústria competitiva, é impossível o adensamento das cadeias produtivas.”

    Segundo ele, “a indústria precisa, antes de mais nada, de uma economia organizada, com regras claras, com horizonte de solução adequado para os principais obstáculos sistêmicos que reduzem sua competitividade, passando pela questão logística, pelos custos de energia e pelas relações de trabalho”. Apesar do ambiente desfavorável para inovação no Brasil, ele afirma que a indústria contribui para o desenvolvimento de uma grande variedade de sementes e para a expansão do conhecimento a partir de pesquisas em parceria com instituições públicas de ensino e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

    José Carlos Hausknecht, sócio diretor da MB Agrícola, explica que a indústria tem um papel importante na cadeia de suprimentos, por meio da produção fertilizantes, defensivos agrícolas e maquinário. “Hoje, o produtor precisa de máquinas com GPS, com uma série de equipamentos que permitam monitorar e aumentar a eficiência na aplicação dos insumos. Há um conjunto de novos defensivos, que estão sendo desenvolvidos para controlar pragas e doenças, e de novos fertilizantes, mais eficientes e com capacidade de promover e aumentar a eficiência da produção”, conta Hausknecht.

    O especialista ressalta, ainda, o processamento de alimentos como um elo produtivo e sinérgico importante entre a indústria e a agropecuária. “É o caso do frigorífico, que vai abater os animais e processar a carne, seja de frango, bovina ou suína. Vai produzir para fazer esse produto chegar ao consumidor de uma maneira que seja atraente, que tenha qualidade, que atenda às necessidades do consumidor”, explica.  Além disso, a tecnologia desenvolvida pela indústria permite a produção de biocombustível e biodiesel, combustíveis renováveis e menos poluentes, contribuindo para um ecossistema produtivo mais sustentável.

    Por isso, diz Hausknecht, “não adianta pensar só no setor agrícola”. “A gente tem realmente que ter um pensamento de cadeia, porque beneficiando qualquer elo dessa cadeia, acaba aumentando a eficiência da produção. Não adianta você ter uma área agrícola muito forte se você não tem uma indústria de insumos por trás, que vai apoiar essa produção agrícola, se você não tem uma indústria processadora eficiente e competente, seja para atender ao mercado interno, seja para conseguir colocar nossos produtos lá fora”, resume o diretor da MB Agrícola.

    Tecnologia que vem da indústria promove a produtividade no campo

    No estudo A indústria e o agronegócio brasileiro, publicado em 2018 pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), o economista José Roberto Mendonça de Barros já avaliava que “o setor agropecuário tem hoje uma intensa ligação com o setor industrial, muito maior do que mesmo pessoas bem informadas acham”. Segundo o texto, essa ligação “é resultado tanto do avanço na tecnologia de produção, colheita e armazenagem quanto da crescente complexidade no processamento e na geração de valor de produtos e matérias-primas para os mercados interno e externo”.

    O economista lembra que a cadeia do agronegócio tem uma demanda difusa, porém relevante em muitos segmentos industriais. Um terço da produção de caminhões, carrocerias e reboques, por exemplo, é diretamente utilizado em transporte de produtos agrícolas, suas transformações e seus insumos. Mendonça  de Barros menciona, ainda, o crescente uso de aviões, drones, motocicletas e outros veículos em substituição a animais, tanto no transporte de pessoas como no trabalho de administração rural.

    Outro exemplo da codependência produtiva vem da construção civil, cuja atividade implica em demandas difusas sobre os setores de borracha e material plástico, minerais não metálicos, produtos de metal, máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

    Indústria é quem mais investe em pesquisa, desenvolvimento e inovação

    Além de ser o setor onde o trabalhador médio tem maior escolaridade, com emprego formal e maior rendimento, a indústria é muito conectada com outros setores, ressalta Alessandra Ribeiro, sócia da consultoria Tendências. “Isso faz com que haja um transbordamento para o restante da atividade econômica. A inovação surge tanto na própria indústria quanto nos segmentos com os quais a indústria se relaciona. Muitos dos investimentos transbordam e afetam outros segmentos da sociedade”, afirma Alessandra.

    Segundo ela, os benefícios das inovações industriais não ficam restritos apenas à indústria, mas são apropriados por outros setores. “Esse benefício transborda e a economia toda se beneficia das inovações industriais. É o caso, por exemplo, dos aparelhos que funcionam com menor gasto de energia e que contribuem para um ambiente mais sustentável, mas ao mesmo tempo reduzem despesas com o uso dos equipamentos, uma vez que o consumo é menor”.

    Rafael Cognin, economista do IEDI, afirma que a indústria é o principal polo gerador de tecnologia e de inovação para o sistema produtivo de uma maneira geral.  “Quando se olha para o setor privado, nota-se que é quem mais investe em P&D e inovação, mas também é o único setor na economia que tem um departamento próprio, específico, para revolucionar as formas de produção da própria indústria e de todos os outros setores da economia”, avalia Cognin.

    “Quando se olha para o setor privado,
    a indústria é quem mais investe em PD&I”

    Rafael Cognin, economista do IEDI

    Segundo ele, “são novos produtos de bens de capital que vão transformar o modo de produzir no restante da economia. Esse é um fator-chave e é por isso que a indústria é importante. Ela tem esse papel de revolucionar e de traduzir o avanço científico em novos métodos de produção. O benefício se difunde por todos os setores da economia. Um exemplo claro desse fenômeno são os avanços na agropecuária e na agricultura”, descreve o economista.

    Rafael Cognin explica que esse avanço tecnológico do agronegócio está muito calcado em novos produtos industriais, como implementos agrícolas, provenientes da indústria química, e colheitadeiras e tratores, da indústria de bens de capital e mecânica. Também no setor de serviços, diz o especialista, boa parte da atividade é viabilizada pela indústria, por meio do desenvolvimento de inovações.

    Um exemplo dessa interação da indústria com o setor de serviços é a Escola do Mecânico, que funciona desde 2011 em Campinas (SP). “O papel da indústria no nosso negócio é fundamental. Toda a tecnologia usada nos carros nasce na fabricação dos veículos, no projeto de engenharia dos veículos. Precisamos ter uma relação muito próxima com a indústria que, por meio de parcerias, transfere esse conhecimento e nos ajuda a construir conteúdo didático e material técnico para nossos alunos”, explica Sandra Nalli, fundadora da escola, que emprega 350 instrutores e tem cerca de 16 mil alunos nas 35 unidades.

    Ela cita como exemplo os carros híbridos movidos a combustível e eletricidade. “Embora a frota circulando no Brasil ainda seja pequena, essa é uma nova realidade. Sozinhos, não conseguiríamos absorver essa tecnologia ao ponto de repassá-la para o mecânico que, de fato, vai reparar esse tipo de veículo”, comenta. “Se a parceria é importante porque gera novas demandas de serviços para a escola”, diz Sandra Nalli, “também ajuda a indústria, uma vez que o mercado precisa ter profissionais preparados para fazer a manutenção e o reparo desse tipo de veículo quando necessário”.

    “Por mais que a gente fale de virtualização e digitalização de algumas atividades, isso continua tendo uma base industrial. A inovação industrial ajuda a construir o futuro de novos produtos e o futuro de novas formas de produzir. É isso que é viabilizado pelas competências industriais”, argumenta Cognin. Mas há um outro fator, segundo ele, que explica por que muitos países não abriram mão da indústria, inclusive os desenvolvidos e mais liberais como o Reino Unido e os Estados Unidos: a capacidade de gerar um crescimento mais robusto da economia.

    “A produção industrial, principalmente a manufatureira, como é um processo muito complexo, com cadeias produtivas muito longas, vai costurando e articulando diferentes segmentos da própria indústria, mas também setores e atividades de outra natureza, como serviços, extração mineral, agropecuária e outros”, explica Cognin. “A indústria é o único setor econômico que tem capacidade de revolucionar a forma de produzir, de consumir e de prestar serviços em todos os ramos da economia”, diz o economista.

    No caso do Brasil, segundo cálculos de Cognin referentes a 2018, “quando a indústria cresce de forma sustentada 1% ao ano, o restante da economia cresce 2%”. Ou  seja, a capacidade de a indústria alavancar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) geral é muito grande. “São cadeias longas, complexas, diversificadas e que demandam bens e serviços de natureza muito distinta. Outros setores têm essa capacidade de impulso, mas em muito menor grau. Menor porque as cadeias produtivas são mais curtas ou porque o bem produzido é mais simples”, explica o especialista.

    Conforme dados da pesquisa Perfil da Indústria, realizada pela Confederação Nacional da Indústria, embora represente 20,9% do PIB, o setor industrial responde por 70,1% das exportações brasileiras de bens e serviços, por 72,2% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento e por 33% da arrecadação de tributos federais, exceto receitas previdenciárias. Além disso, o setor emprega 9,4 milhões de trabalhadores, dos quais 6,7 milhões estão alocados apenas na indústria de transformação, é responsável por 20,2% do emprego formal no Brasil e paga os melhores salários.

    Em algumas cidades, a indústria tem um papel fundamental para a economia local, tanto no recolhimento de tributos municipais quanto na geração de empregos e movimentação do comércio. “Aqui em Itaú de Minas, a indústria é a mola mestra da economia. Sem ela, o município ficaria quase sem recurso nenhum”, afirma o secretário de finanças da cidade, Ubirajara Marques. Segundo ele, a cidade, com 16 mil moradores, “gira em torno da mineração e essa atividade afeta os demais setores”.

    Apesar de responder por 20,9% do PIB, a indústria tem 70% da exportações e paga 33% dos impostos federais

    Em entrevista ao Canal AgroMais, o presidente da CNI, Robson Braga Andrade, disse recentemente que, embora os economistas e especialistas gostem muito de separá-las, as atividades econômicas estão dentro de uma mesma plataforma. “No caso de serviços, por exemplo, temos os serviços industriais. A mesma coisa se dá com o agronegócio. Quando você exporta carne, você exporta carne processada. Quando você exporta alimentos, muitas vezes estes também são processados. A indústria do agronegócio é uma indústria muito importante”, destacou Andrade.

    Para ele, a tecnologia desenvolvida pela indústria é importante tanto na melhoria dos produtos quanto no desenvolvimento de inovações que são colocadas no mercado externo. Fortalecer o setor industrial é um passo importante para garantir uma retomada sustentável da economia, segundo o dirigente. Pesquisa feita pelo Instituto FSB com executivos de 1.017 empresas, a pedido da CNI, mostrou que 94% dos entrevistados consideraram importante ou muito importante fortalecer a indústria nacional para diminuir a dependência do Brasil de matérias-primas e equipamentos importados em momentos de crise como esse da pandemia.