COVID-19: acelerando a transformação digital na indústria

Fonte: A voz da Indústria 

Os tempos atuais têm nos desafiado em muitos sentidos. Sem dúvida que a nossa saúde e a de nossos familiares e amigos são as preocupações que mais nos afetam neste momento de pandemia. Também a solidariedade e sensibilidade com todos que de alguma forma foram afetados.

Vivemos aquilo que possivelmente seja o momento mais desafiador de toda uma geração e isso, sem dúvidas, atinge em cheio também as empresas. Estas precisam se adequar para o momento atual e se preparar para um futuro ainda mais repleto de mudanças e incertezas. Com a crise sanitária surgiu a necessidade de se adaptar a uma brusca redução da demanda, seguida de problemas com o fluxo de caixa e muitas vezes a dificuldade de acesso ao crédito. Além disso, adaptar a operação de toda a empresa para reduzir os impactos de medidas de distanciamento social. Nesse ponto, sentimos na pele a aceleração de uma mudança que projetávamos para o futuro.

É só observar determinadas tecnologias que há algum tempo estão presentes em nossos ambientes ganharem uma centralidade muito maior. Tivemos que mudar e adaptar rapidamente a ambientes de trabalho totalmente virtuais. No Insper foi assim, transição das aulas presenciais para o modelo online em poucos dias. O processo de transformação digital está sendo acelerado no espaço de semanas.

Assim que estiver controlada a crise sanitária, teremos a retomada gradual das atividades econômicas. As empresas que sobreviverem até esse momento ainda assim precisarão estar preparadas para reconstruir e adaptar a novos e incertos cenários. Deste modo, a capacidade de operar com máxima eficiência, garantindo sua competitividade em um ambiente ainda mais agressivo, torna-se crucial. Como, então, realizar este processo de adaptação em meio a esta enorme turbulência, além do que já estava sendo feito antes?

Há algum tempo, o ambiente produtivo tem observado o potencial de transformação das novas tecnologias suportadas pela internet. Os níveis de conectividade entre máquinas e equipamentos e a possibilidade de tomada descentralizada de decisão baseada em dados, pilares da quarta revolução industrial, fazem cada vez mais sentido. Além disso, a difusão deste tipo de tecnologia tem contribuído ao longo dos últimos anos para a redução dos custos de implementação de sensoriamento e monitoramento das máquinas e sistemas produtivos utilizando a internet para tal fim.

Esta possibilidade nos apresenta um novo horizonte, não somente para grandes empresas, mas também no âmbito das pequenas e médias. Diversas soluções existentes podem conectar máquinas e equipamentos por meio da adição de hardware de baixo custo e utilizar a computação em nuvem para ajudar no dia-a-dia de produção. Monitorar a fábrica em tempo real e obter informações sobre cada máquina e equipamento pela internet possibilita maior assertividade e rapidez, evitando desperdícios de tempo e insumos, reduzindo os custos e gerando aumento de produtividade como consequência.

Além de ajudar na tomada de decisão, máquinas conectadas podem ajudar no processo de servitização. A ideia de “everything as a service”, antes focada em ambientes empresariais nas áreas de TI, deve chegar de forma significativa ao chão de fábrica, possibilitando o pagamento pelo uso de ferramentas de gestão de produção e até bens de produção, como máquinas e robôs. Isto pode trazer possibilidades de ganho de capacidade produtiva com menor investimento no capital. Além da servitização, outra tendência será o uso compartilhado de máquinas e equipamentos, que pode trazer flexibilidade e o surgimento de plataformas, a exemplo do que já vem ocorrendo no setor logístico e de comércio digital.

Certamente é um momento de grandes desafios. Se o caminho a seguir for uma retomada por meio da transformação digital, a servitização pode ajudar no processo de readequação para cadeias de valor ao mesmo tempo globalizadas e localizadas. Cadeias de valor estas que terão fluxo global de informação, tecnologia e design – os bits, e fluxo local e circular dos componentes e produtos – os átomos. Este novo arranjo suportado pela digitalização pode trazer maior estabilidade para a cadeia produtiva e pode ser inserido de uma forma faseada para absorver o choque e, posteriormente, responder de forma efetiva a desafios que virão.

Nós já nos reinventamos para conseguir te atender com qualidade e compromisso neste período! Nossa equipe se uniu e estamos prontos para prestar apoio diante de sua necessidade. Entre em contato. Estamos a disposição!

Conscientização de funcionários: reforço na comunicação interna para prevenir doenças

Fonte: A voz da Indústria

Diante do alastramento do COVID-19 (Coronavírus), classificado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como pandemia, é preciso adaptar algumas práticas e reforçar certas atitudes. Nesse cenário de rápido espalhamento de uma doença viral, medidas de higiene e isolamento social têm se mostrado valiosas para proteger as pessoas.

Para parte das empresas e funções, o home office é uma opção que ajuda a manter a segurança coletiva. Por outro lado, para profissionais que atuam na indústria – principalmente no chão de fábrica – essa é uma abordagem inviável. Enquanto as indústrias são orientadas a manter sua produção, para evitar desabastecimentos e impactos financeiros, também são incentivadas a melhorar as ações de higiene e orientação de suas equipes. Mas como fazer isso? Confira algumas dicas a seguir!

Home office: a importância da comunicação interna

Algumas funções na indústria, como as administrativas, podem ser realizadas de forma remota, através do home office. Contudo, a implementação do trabalho remoto nem sempre é uma tarefa fácil. De acordo com especialistas, a comunicação interna é peça fundamental para esse processo“O trabalho em home office exige uma dose de atenção a mais na comunicação das empresas com seus empregados. Além da necessidade de ferramentas que façam a transmissão de informações de maneira direta e coerente com o momento, o discurso online precisa ser tão consistente quanto o presencial. É aí que uma estratégia de comunicação interna bem estruturada, aliada à cultura da empresa, entra como diferencial para manter engajamento e produtividade”, afirmElizeo Karkoski, Diretor Executivo da P3K Comunicação, agência especializada em Comunicação Interna Estratégica e Endomarketing.

Como medida preventiva para a situação em que estamos vivendo, o home office tomou outras proporções para os negócios. Porém, como toda inovação a ser implantada no ambiente de trabalho, o trabalho remoto demanda planejamento. Esse método facilita o dia a dia de trabalho ao estabelecer acordos e metas focados em trazer maior confiança para os funcionários, gerando motivação e melhora no clima organizacional, assim como aumento da produtividade. Mas é importante estarmos alinhados: as regras precisam ficar claras para que todos saibam como participar, pois disciplina é fundamental nessa mudança”, ressalta Karkoski.

Higiene e saúde: conscientização através da comunicação interna

De acordo com as autoridades sanitárias globais, a higiene das mãos e a etiqueta respiratória são duas ações decisivas no combate ao coronavírus e outras doenças virais, principalmente entre aqueles que precisam continuar trabalhando. Garantir que isso aconteça entre os colaboradores presentes no chão de fábrica exige medidas por parte da empresa, como o reforço na reposição de sabão, a disponibilização de álcool em gel e estabelecimento de ações de comunicação focadas em orientar e proteger as pessoas.

Conscientizar e treinar os operadores responsáveis pela limpeza também é parte do processo de implantar uma limpeza profissional segura na indústria. Porém, também é importante estimular os colaboradores. Enrico Vacaro, coordenador da RL Higiene, reforça que “cartazes, vídeos e materiais de comunicação ajudam a mudar a mentalidade do ambiente em prol do bem coletivo”. Treinamentos internos, palestras online e orientações em murais também podem ajudar nessa etapa. A colaboração de todos é essencial nesse momento.

Setor da indústria apresenta propostas para amenizar crise causada pela covid-19

Fonte: Gazeta Web

Os impactos econômicos da pandemia do coronavírus já estão sendo sentidos na economia mundial, e como forma de tentar minimizar os danos, a Federação Nacional da Indústria (CNI) encaminhou um conjunto com 37 medidas voltadas para o enfrentamento da crise. O documento foi enviado na semana passada.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, avalia que as dificuldades para produzir, geradas pela falta de insumos e pela falta de liquidez, com a queda nas vendas, poderão levar diversas empresas eficientes à falência – o que, certamente, aumentará as consequências sociais negativas da crise.

“O uso de recursos públicos, escassos devido à situação fiscal, deve ser direcionado ao fortalecimento do sistema de saúde e ao alívio da situação financeira das empresas, para que se assegure a preservação dos empregos”, defende Robson Andrade.

Elaboradas em parceria com as federações estaduais das indústrias e com o Fórum Nacional da Indústria (FNI), que representa as associações setoriais, as propostas foram encaminhadas ao presidente da República, Jair Bolsonaro; ao ministro da Economia, Paulo Guedes; ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre; ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; e a líderes de partidos e blocos partidários.

Entre as medidas, estão a facilitação, por parte dos bancos públicos e de desenvolvimento, do acesso a capital de giro – inclusive para empresas que têm crédito imobiliário e condições diferenciadas de juros -, carência de pelo menos seis meses, prazo ampliado e flexibilização das garantias.