5 dicas melhoram o desempenho da equipe de vendas na indústria.

Fonte: A voz da indústria.

Um novo ciclo se aproxima da indústria metalmecânica. Pelo menos é o que indicam alguns dados positivos relacionados ao setor. Mas como aproveitar essa fase positiva na produção, transformando a aparente recuperação em resultados para a indústria?

De acordo com Licio Melo, CCO da Citycorp e especialista em vendas industriais, responsável por capacitar cerca de 15 mil profissionais, o perfil de vendas no setor é diferente do registrado no comércio. “No âmbito industrial, você não vende, mas conquista uma compra, pois está apresentando um projeto para o cliente – e para que isso aconteça, é muito importante ter uma fundamentação técnica”, explica.

Por esse motivo, confira, a seguir, cinco dicas para melhorar o desempenho da sua equipe de vendas e conseguir manter-se bem no mercado.

1. Ter fundamentação técnica

Para conseguir realizar uma venda na indústria metalmecânica, o primeiro passo é ter uma fundamentação técnica. É preciso ter uma metodologia especial para o mercado em que se está atuando. “Eu tenho que saber o que estou vendendo, ser um expert nesse mercado, pois, na indústria, as vendas são altas. Vendemos caldeira, não uma peça de roupa, por exemplo. Isso é mais complexo”, enfatiza Mello.

2. Poder de adaptação ao ambiente industrial

Como citamos anteriormente, o perfil de vendas nesse segmento é diferente do encontrado em outras áreas. Para obter um bom resultado, o vendedor tem de estar preparado para se moldar ao mercado, criando técnicas específicas e não esquecendo que a venda da indústria acontece indo a campo. Em meio à crise financeira do país, o vendedor deve conseguir ser criativo e se reinventar, adaptando sua argumentação de vendas a esse novo cenário.

3. Fazer um estudo de mercado

Em qualquer setor, mas em especial na indústria, para gerar vendas qualificadas, é preciso fazer um estudo de mercado, observando territórios de vendas e comparando a base de clientes aos leads (clientes em potencial) ainda não captados.

É necessário conhecer não apenas o produto, mas a necessidade do mercado em relação ao que você está vendendo, assim como o local onde estão concentrados os melhores compradores, de modo a encontrar a técnica ideal e ter êxito em sua abordagem de venda. Nesses casos, uma análise de geomarketing ajudará a enxergar se ainda existem muitos ou poucos prospects com os quais negociar. Cabe destacar, também, a importância de checar, nesse estudo de mercado, os fatores de sucesso presentes nas áreas analisadas e que são fundamentais para a qualificação dos prospects.

4. Fazer a prospecção industrial onde está o potencial do mercado

Para obter um bom resultado, o vendedor, primeiramente, precisa estar nos territórios onde se concentram os seus maiores potenciais de vendas, mas sem esquecer daquelas regiões com pouca ou nenhuma cobertura comercial, que têm potencial para ser explorado. Eles são pontos parecidos com aqueles já conhecidos, com maior movimentação, porém, não foram descobertos ainda pelos seus concorrentes.

E para que a prospecção industrial seja feita de forma positiva, é recomendado conhecer quem está no seu time de vendas e distribuí-lo de acordo com suas potencialidades.

5. Ter proatividade

A proatividade é um ponto crucial para equipe de vendas de uma indústria, ainda mais se levarmos em consideração o momento atual do mercado. “A indústria tem muita estrutura e, por isso, acredita que os negócios precisam ir até ela. Por essa razão, o vendedor fica, por vezes, sentado em uma sala, esperando o cliente ligar. Acontece que essa postura é ultrapassada. E se não for mudada, a empresa vai falir”, enfatiza Licio.

Diferentemente do varejo, em que o cliente vai até uma loja, por exemplo, na indústria, a venda deve ser feita mediante visitas, apresentações e técnicas clássicas utilizadas no bom e velho “olho no olho”. Por isso, é tão importante a proatividade no profissional. Ele vende o projeto, o valor agregado, por isso, tem de se diferenciar dos demais, buscando as vendas e não esperando que elas cheguem até ele.

Ter uma equipe de vendas de alta performance é fundamental para o sucesso e para a recuperação do setor industrial. É preciso investir em ações de captação e retenção de talentos e garantir que seu time tenha motivação e conhecimento técnico, comportamental e de mercado para adequar sua abordagem comercial e conquistar oportunidades – seja em um cenário positivo ou de instabilidade.

Quer saber mais sobre como melhorar o desempenho da sua equipe de vendas no setor industrial? Continue acompanhando o nosso canal de conteúdo.

Só uma borrachinha?

Qual o risco que se assume quando a vedação é vista como parte menos importante no desempenho de um equipamento.

No ano de 1986, o ônibus espacial Challenger se preparava para sua décima missão desde a sua construção, no ano de 1983. Por ser de grande orgulho para nação americana, em função da nave ser muito mais sofisticada do que os modelos anteriores, dando visibilidade na corrida espacial travada no período com a URSS, o evento reuniu centenas de pessoas, entre curiosos, familiares dos tripulantes, autoridades e equipe cientifica.

O lançamento aconteceu na manhã do dia 28 de janeiro, no Cabo Canaveral, Florida (EUA). A televisão transmitia o momento para centena de milhões de pessoas, no mundo todo. O ônibus espacial decolou às 11:00 horas e 9 minutos. Quando alcançou 14 mil metros de altitude, uma chama brotou de um dos foguetes laterais. A labareda lambeu a janela da nave, junto ao assento de um dos pilotos, Michael Smith. A caixa preta registrou suas últimas palavras: “Oh no, Oh”.

Logo em seguida, a estrutura de aço, cerâmica e alumínio foram engolidas por uma bola de fogo e vapor d’agua gerado pelo hidrogênio líquido do tanque de combustível. A explosão aconteceu 73 segundos após a decolagem, matando os 07 tripulantes na nave, em frente a todos que acompanhavam o episódio.

A Investigação final concluiu, meses depois, que a Nasa foi imprudente na escolha do material das vedações aplicadas no foguete, isso porque eles poderiam encolher se expostos a temperaturas inferiores a 11 graus Celsius. Na manhã do lançamento do Challenger, a temperatura no Cabo Canaveral estava próxima a zero.

O que tiramos de aprendizado desse trágico acidente? Todos os componentes de um equipamento devem ser criteriosamente estudados com base na aplicação almejada. Nenhum elemento possui maior ou menor grau de importância, mas todos, trabalhando numa sistemática cadeia, colaboram para garantir segurança, desempenho e resultado final satisfatório.

Mas a verdade é, até hoje, as vedações ainda não possuem destaque e visibilidade no momento do qual um projeto é desenvolvido. A cultura da “borrachinha” diminui o grau de importância que esse item possui e casos como o Challenger acontecem diariamente em todos os segmentos industriais.

Hoje contamos com uma equipe comercial técnica preparada para desenvolver, junto ao seu projetista, a vedação mais indicada para muitas das condições de trabalho que podem surgir durante a aplicação.

Também disponibilizamos no nosso site catálogo técnico com todas as especificações de aplicação considerando materiais, perfis e os mais variados formatos de alojamento.

Não se esqueça, a “borrachinha” pode salvar vidas, evitar acidentes e ser o personagem principal no desempenho e lucratividade de seu equipamento.

Consulte-nos.

Por: Renato Lopes Chacon – Technical Sales
Referências: O pedaço de borracha que destruiu o ônibus espacial | Super (abril.com.br)

Pequenas e médias indústrias brasileiras no contexto da quarta revolução industrial: é tudo ou nada?

Fonte: A voz da Indústria 
Nessa reflexão coletiva, confira como o colunista Pedro Ferreira observa o papel e as oportunidades para pequenas e médias indústrias na era do 4.0.

Há algum tempo ouço que nossa mão de obra tem baixa produtividade e que ela é um obstáculo para a inovação na indústria brasileira. Também tem sido comum escutar que as pequenas e médias indústrias não tem capital para investir na tão sonhada quarta revolução industrial. Já ouvi um colega da indústria dizendo que necessitava implementar a “Indústria 4.0” na sua empresa, mas quando perguntei a ele o que isso significa ele não soube me responder. Para que o Brasil entre de vez na quarta revolução industrial precisamos jogar esse “tudo ou nada”? Conversei com os profissionais que ocupam cargos de destaque na indústria e com grandes pesquisadores internacionais e eles me deram a sua opinião sobre o tema.

Desde que comecei a trabalhar com os temas relacionados a Indústria 4.0, sempre me perguntei o que seria feito pelas pequenas e médias indústrias e se elas tinham que possuir todas aquelas tecnologias que chamamos de disruptivas (IoT, Big Data, Robótica, manufatura aditiva etc.) para estarem inseridas no contexto atual. Recentemente, Fabiano Lourenço (vice-presidente da Mitsubishi Electric no Brasil) me disse que apesar de termos grandes players do setor automobilístico, farmacêutico, de alimentos e bebidas com alto nível de maturidade digital em seus processos, ainda temos outros segmentos que precisam entender duas coisas: 1) o conceito de indústria 4.0 e 2) suas próprias necessidades. Na minha opinião ele foi cirúrgico nas duas afirmações. Lembra do meu amigo descrito no primeiro parágrafo? Em outras palavras, não necessito de “tudo”, apenas o que faz sentido para mim. Ainda segundo ele, é bem possível que o médio e pequeno empresário descubra que um conjunto de melhorias ligadas a automação sejam suficientes para o resultado esperado, sem que se necessite da completa digitalização.

No sentido do que foi afirmado, posso dar como exemplo um sistema Pick To Light, que pode proporcionar com poucos recursos e baixo investimento (um CLP, uma IHM e um conjunto de luzes) um sistema que dará informações de produtividade dos funcionários e capabilidade do processo. E o que os pesquisadores dos países como Japão, Alemanha e Brasil pensam a respeito deste assunto? Eles corroboram com a opinião do Fabiano? Em conversa que tive com o Prof. Dr. Ari Aharari da Sojo University (Kumamoto – Japão) ele me afirmou que as partes mais importantes da quarta revolução industrial, são como conectar as máquinas existentes e como instalar sensores nelas para obter dados do processo. Para isso poderiam ser utilizados equipamentos de baixo custo como o Arduino e o Raspberry, apostando em um segundo passo que seria desenvolver softwares para rodar estes dispositivos, antes de gastos mais dispendiosos com as tecnologias que são protagonistas.

Agora vamos para o local onde o termo Indústria 4.0 nasceu, a Alemanha. Em conversa com o professor Dr. Claudius Terkowsky da Technische Universität Dortmund (Dortmund – Alemanha), ele me afirmou que ‘tudo ou nada’ nunca parece uma boa opção e que a indústria 4.0 é uma direção, um vetor que devemos seguir. Surpreendentemente, em pesquisa realizada na Alemanha, foi constatado que as pequenas empresas (comuns) ainda carecem de digitalização e que ainda podem fazer bons negócios sem apostar tudo nela. Existe a necessidade de minimizar danos ambientais a zero e esta revolução pode abrir oportunidades se for inteligente (e não fingir ser inteligente).

Para fechar o meu raciocínio, procurei o Prof. Mauro Andreassa (Professor do Centro Universitário do Instituto Mauá de tecnologia), que trabalhou mais de 20 anos na Ford e o Prof. Dr. José Benedito Sacomano (Professor e pesquisador da Universidade Paulista – UNIP). Na opinião do primeiro, temos que dar a dose certa do remédio, devemos fornecer as pequenas e médias empresas aquilo que as manterá competitivas globalmente, ou seja, fazer aquilo que realmente elas precisam. Já o Dr. Sacomano me afirmou que a indústria 4.0 é um paradigma para ganhos intensos de produtividade e competitividade, então a empresa brasileira que estabelecer estratégias neste sentido estará alinhada estrategicamente com ela. Para ele não existem incentivos governamentais ou uma política industrial para habilitar estas empresas nas dimensões da cultura técnica e cultura organizacional. Então para mim a resposta é simples, pensar simples e de forma objetiva, desenvolvendo e utilizando tecnologias para inserir estas empresas na digitalização, não esquecendo do meio ambiente.

Quase dois terços das indústrias esperam faturar mais em 2021

Em fase de recuperação da atividade após a fase mais aguda da pandemia de covid-19, a indústria espera faturar mais em 2021. O resultado consta de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentada hoje (17) na abertura do Encontro Nacional da Indústria, que está sendo realizado de forma virtual neste ano.

Segundo o levantamento, 62% das indústrias acreditam que o faturamento subirá no próximo ano. O resultado vem embalado pela recuperação do setor, com as indústrias tendo ao menos retomado os níveis de produção (70%) e de faturamento (69%) na comparação com os números de fevereiro, antes do início da pandemia do novo coronavírus.

Em relação ao nível de mão de obra, a pesquisa mostrou que 73% das indústrias têm o mesmo número de trabalhadores ativos ou estão com mais empregados na comparação com fevereiro. Apenas 27% estão com menos trabalhadores que antes da pandemia.

De acordo com a pesquisa da CNI, 30% das indústrias ainda estão faturando menos que no período pré-pandemia. Embora 87% das empresas tenham sido afetadas pela crise econômica decorrente do novo coronavírus, 45% declaram que a produção atual é maior que a de fevereiro e 49% estão faturando mais que no segundo mês do ano.

Estratégia

A pesquisa mostrou as estratégias adotadas pelas indústrias para enfrentarem a crise. Segundo o levantamento, 40% das empresas disseram ter buscado novos fornecedores no Brasil (para fazer frente às dificuldades temporárias na importação de insumos); 39% compraram máquinas e equipamentos; 30% adotaram novas técnicas de gestão da produção; e 20% investiram em novos modelos de negócio.

Com a recuperação da atividade industrial nos últimos meses, 52% das empresas registram, no mínimo, a mesma lucratividade de fevereiro – 28% com aumento e 24% com a manutenção das suas margens. Apesar da retomada, 47% ainda operam com menor margem de lucro que antes do início da pandemia. Segundo a CNI, uma causa provável para a queda nos lucros seria a alta nos gastos com insumos, afetados pela alta do dólar, e com energia.

Desafios

Na cerimônia de abertura do Encontro Nacional da Indústria, o presidente da CNI, Robson Andrade, listou os principais desafios do setor no cenário pós-pandemia. Para ele, o país deve buscar fortalecer a estrutura produtiva e retomar a agenda de reformas estruturais para avançar na quarta revolução industrial (com indústrias de alta tecnologia) e no desenvolvimento de uma economia de baixa emissão de gases de efeito estufa.

“Em paralelo às reformas estruturantes, devemos acelerar a nossa adaptação às grandes tendências do século 21. As mudanças climáticas e a quarta revolução industrial já estão presentes no nosso dia a dia e trazem novos desafios para o Brasil”, declarou Andrade. “Necessitamos de uma política industrial que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação das estruturas produtivas. Os investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação são a chave para o país desenvolver modelos de produção e de negócios conectados com a indústria 4.0.”

 

68% das indústrias estão com dificuldades para obter insumos no Brasil

Fonte: Portal da Indústria

Mais da metade das empresas avalia que o problema só se resolverá no próximo ano. 44% delas têm problemas para atender clientes. E oito em cada dez perceberam alta no preço dos insumos e das matérias-primas.

A indústria brasileira passa agora pelo segundo efeito da pandemia do Covid-19. O primeiro paralisou a produção. No segundo, faltam estoques, insumos e matérias-primas. É o que mostra sondagem especial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a pesquisa, 68% das empresas consultadas estão com dificuldades para obter insumos ou matérias-primas no mercado doméstico e 56% das empresas que utilizam insumos importados regularmente, com dificuldades em adiquiri-los no mercado internacional.

Além disso, 82% perceberam alta nos preços, sendo que 31% falam em alta acentuada. A pesquisa contou com a participação de 1.855 empresas, entre 1º e 14 de outubro, em 27 setores das indústrias de transformação e extrativa. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, explica que as empresas optaram por reduzir os estoques para enfrentar a forte queda no faturamento e o difícil acesso ao capital de giro nos primeiros meses da crise.

“A economia reagiu em uma velocidade acima da esperada. Assim, tivemos um descompasso entre a oferta e a procura de insumos. E tanto produtores quanto fornecedores estavam com os estoques baixos. No auge da crise, vimos a desmobilização das cadeias produtivas e baixos estoques. Além disso, temos a forte desvalorização do real, que contribuiu para o aumento do preço dos insumos importados”, afirma.

A pesquisa mostra que 44% das empresas consultadas afirmam que estão com problemas para atender os clientes. Essas empresas apontam entre as principais razões para a dificuldade de atendimento a falta de estoques, apontada por 47% das empresas, demanda maior que a capacidade de produção, com 41% e incapacidade de aumentar a produção, com 38%.

Do total de empresas que não conseguem aumentar a produção, 76% alegam que não conseguem ampliar a produção pela falta de insumos. E o problema deve durar pelo menos mais três meses. Mais da metade, 55% das empresas, acreditam que a capacidade de atender os clientes se normalizará apenas em 2021. A percepção sobre o mercado de insumos é menos otimista. Entre os entrevistados, 73% acreditam que só deve melhorar apenas em 2021.

Em 10 dos 27 setores considerados, ao menos metade das empresas está com dificuldades para atender a demanda. Os percentuais de empresas que encontram dificuldades para atender os clientes é maior nos setores Móveis (70%), Têxteis (65%) e Produtos de material plástico (62%).

Pequenas empresas são mais afetadas pela falta de insumo
A situação é mais grave entre as empresas de pequeno porte. Nesse segmento, 70% foram afetadas pela falta de insumos ante 66% nas grandes. Além disso, o percentual de empresas menores que afirmam enfrentar muita dificuldade é maior, alcançando 28% entre as pequenas empresas e 27% entre as médias.

A nova era do aço: exportações devem impulsionar siderurgia em 2021

Fonte: Veja Abril

Setor retoma níveis de produção aos poucos; apesar do impacto da pandemia, o câmbio favorável e a reforma tributária no horizonte sustentam otimismo

Fazia um calor intenso na manhã de 26 de agosto, uma quarta-feira, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e outros figurões do governo surgiram na cerimônia de retomada das atividades do alto-forno 1 na usina de Ipatinga da Usiminas, em solo mineiro. Acompanhavam o presidente da República, membros da alta cúpula da política nacional e do estado de Minas Gerais, como o governador Romeu Zema (Novo), além de executivos da companhia siderúrgica. O equipamento tem capacidade de produzir cerca de 2.000 toneladas diárias de ferro gusa.

Com a pandemia do novo coronavírus, a economia mundial travou em meados de março. O fechamento de fábricas e a retração do consumo em todo o mundo fizeram com que a produção da matéria-prima primordial para a construção civil e para a indústria, presente em automóveis e eletrodomésticos, ficasse estagnada e a capacidade ociosa disparasse.

Desde 2015, a utilização da capacidade nas siderúrgicas nacionais não passa de 70%. Com a Covid-19, os índices caíram para menos de 50%. A despeito do cenário nebuloso, ainda existe um grande espaço para ser ocupado. Para isso, a retomada econômica é de suma importância. A conjuntura macroeconômica atual, em que pesa a taxa básica de juros, a Selic ao menor nível histórico e o dólar valorizado frente ao real, sinaliza novos tempos para a indústria nacional, sobretudo para as exportadoras. Soma-se, ainda, a disparada nos preços do minério de ferro, o que faz reacender as chamas de um futuro promissor para este mercado. “O atual dinamismo do setor imobiliário e dos preços relativos como câmbio devem estimular a indústria siderúrgica nacional, especialmente se a demanda global ajudar”, projeta o engenheiro e doutor em economia Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e atual diretor de estratégia econômica e relações com mercados do banco Safra.

Em governos anteriores, a indústria nacional foi preterida em relação ao avanço de setores como comércio e serviços. Não são poucos os que classificam o período da recente economia brasileira como um processo de ‘desindustrialização’. Pode ser que tal afirmação seja até exagerada, mas não se deve negar que a taxa de juros altíssima e o dólar parelho ao real de tempos passados foram fatores que levaram diversos segmentos produtivos à estagnação. “Em países mais desenvolvidos, quando você tem um processo de desindustrialização, é porque a renda da população e o PIB per capita já alcançaram uma evolução natural”, afirma Luis Fernando Martinez, diretor-executivo da CSN. “Aqui no Brasil, a indústria se desidratou nos últimos anos, ao mesmo tempo em que não tivemos crescimento dos índices de renda da população”.

Dados do Instituto Aço Brasil apontam que a produção siderúrgica brasileira não passou de 14,2 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2020. Os números identificam uma queda de 17,9% em relação à quantidade produzida de janeiro a junho do ano passado. O crescimento robusto do mercado imobiliário reduziu as perdas do setor no período, mas ainda é necessário que a indústria automobilística e a produção de máquinas e equipamentos retomem. “Mais de 80% da demanda da indústria siderúrgica brasileira está concentrada em construção civil, bens de capital e no setor automotivo. Quando veio a pandemia, nós enfrentamos uma crise severa, porque só o setor da construção civil continuou funcionando”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente da entidade. “Em julho, nós retomamos o nível de atividade que tínhamos em janeiro. Estamos vivenciando uma retomada em V.”

Segundo Martinez, da CSN, o país precisa passar por uma ‘reindustrialização’ de maneira sólida. Para isso, não basta a taxa de juro atraente, mas a desburocratização do sistema tributário nacional — lembra-se que a reforma tributária ainda tem um longo périplo a seguir antes de ser aprovada no Congresso. “A indústria precisa ter um papel mais relevante na economia. Em países mais desenvolvidos, a participação da indústria no PIB gira em torno de 25%. Hoje, o nível de participação da indústria no PIB nacional é inferior a 10%”, diz Martinez.

 

O consumo do aço ilustra o desenvolvimento das nações. Olhar para a Ásia torna isso bastante claro. Enquanto o consumo per capita de produtos siderúrgicos no Brasil era de 100,6 kg (quilogramas) em 1980, a China consumia apenas 32 kg. Em 2019, no entanto, esse indicador evoluiu no país asiático para a marca de 636,1 kg. O Brasil, entretanto, manteve-se estagnado, com consumo de 99,4 kg per capita no último ano. Na Coreia do Sul, por sua vez, o patamar evoluiu de 134,4 kg para 1.054,4, na mesma base comparativa. Não à toa, a China e a Coreia do Sul são dois dos principais exemplos de evolução econômica das últimas décadas — e o Brasil viveu de soluços de crescimento e de duas décadas perdidas.

A multinacional ArcelorMittal, que exporta para mais de 30 países a partir de sua operação brasileira, prevê novos rumos para a siderurgia com a reforma tributária. “Não existe país forte sem uma indústria forte”, diz Benjamin Baptista Filho, presidente da companhia no Brasil. Para ele, o grande trunfo da reforma será reconduzir o país no caminho da geração de emprego por meio de investimentos em infraestrutura. “A China e a Coreia do Sul são ótimos exemplos de países que investiram muito, com a criação de portos, aeroportos, ferrovias, construção naval e desenvolvimento de máquinas agrícolas. Aqui no Brasil, só a malha de aeroportos é bem desenvolvida. Ainda há muito o que se fazer”, reitera.

Assim como o processo de religamento de um alto-forno é delicado e demanda muitos estudos, aumentar a capacidade produtiva para exportação não é tão simples. Para diminuir a ociosidade nas fábricas, índice que em junho foi de 51%, o setor briga pela recomposição da alíquota do Reintegra, programa de incentivo fiscal criado pelo governo em 2011. Hoje, essa alíquota é praticamente invisível, apenas 0,1%. “Nós temos uma capacidade ociosa muito alta. Enquanto não sai a reforma tributária, brigamos com o governo pela recomposição do Reintegra, que é um meio importante de recompormos a nossa capacidade competitiva, migrando nossos produtos para a exportação”, diz Mello Lopes, do Instituto Aço Brasil. O Reintegra já foi mais generoso. Em 2014, por exemplo, devolvia 3% da receita da exportação.

Com o cenário de guerra comercial, a balança brasileira foi afetada e as vendas de produtos manufaturados recuaram 11% em 2019, para 77,5 bilhões de dólares. Mesmo assim, empresas brasileiras que têm plantas na América do Norte, como CSN e Gerdau, conseguiram passar quase que ilesas pelo período mais conturbado do embate geopolítico. Recentemente, os Estados Unidos anunciaram uma medida para restringir a importação do aço de diversos países. Não foi diferente com o Brasil. Devido à ociosidade na indústria americana, a cota isenta para o produto brasileiro foi reduzida de 350.000 toneladas para 60.000 toneladas no quarto trimestre deste ano. Em dezembro, os países devem voltar à mesa de negociação para definir o acordo para 2021. Lembra-se que os EUA são o principal mercado para a exportação do aço brasileiro.

Nos últimos anos, as companhias que investiram em tecnologia em seus processos produtivos se deram bem e agora devem colher os frutos. “De 2008 a 2019, a indústria siderúrgica brasileira investiu 27,5 bilhões de dólares. A maior parte desses aportes foi na área tecnológica. É o que faz com que as empresas do setor chamem a atenção do investidor na bolsa de valores”, relembra Mello Lopes. As siderúrgicas listadas no Ibovespa, principal índice das ações listadas na B3, recuperaram rapidamente o valor de mercado neste ano. Um dos fatores para isso é que, com o investimento em eficiência tecnológica, as empresas a diminuíram os custos nos últimos anos. Recentemente, a CSN lançou o projeto CSN Inova, que pretende desenvolver soluções para Indústria 4.0. “As pessoas talvez ainda tenham uma visão de que a indústria siderúrgica é ultrapassada, pesada e obsoleta. Mas não é nada disso. A siderurgia nacional é uma das mais tecnológicas no mundo”, diz Martinez, diretor-executivo da empresa.

Apesar dos bons ventos que sopram a favor da siderurgia nacional, há de se ressaltar que o dólar, um fator preponderante para as exportações, também se valorizou perante as moedas de outros competidores, como a Turquia e a Rússia. A indústria automotiva, um dos principais mercados do aço, tende a demorar para registrar uma retomada acentuada, o que continuará pressionando as margens das siderúrgicas do país. Além disso, a recuperação econômica com mais vigor depende da aprovação da reforma tributária. “Essa nova composição de Estado pensado pelo ministro Paulo Guedes, que é juro baixo e câmbio desvalorizado, pode ser muito positiva. Mas, para isso, é preciso ter coordenação para que as reformas estruturantes sejam aprovadas no Congresso”, diz Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual digital. Só assim, a atividade econômica voltará a crescer, e consolidará a retomada do tradicional setor do aço em uma nova era de grandes negócios.

A PolySeal tem as melhores soluções em vedação para a Indústria Siderúrgica, fale com os nossos especialistas e tire as suas dúvidas.

Indústria alimentícia: veja quais são os desafios para 2021

A automatização dos processos e a inovação de produtos e embalagens são alguns dos principais desafios para a indústria alimentícia.

O setor alimentício é um dos mais competitivos, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Sendo assim, as empresas precisam estar atentas às novas tendências para garantir sua presença no mercado, principalmente nos dias atuais, em que os clientes são mais bem informados e estão mais exigentes do que nunca.

Leia esse post e saiba quais são as principais tendências e desafios que a indústria de alimentos terá em 2021!

Automação de processos é indispensável

Atualmente, a tecnologia já faz parte do dia a dia das pessoas, que estão cada vez mais exigentes quanto à qualidade dos produtos e agilidade dos serviços.

Assim, automatizar a gestão de processos continuará sendo uma tendência na indústria de alimentos e bebidas em 2021. No entanto, a enorme diversificação de produtos do setor alimentício torna a automatização um grande desafio.

As inovações tecnológicas para os próximos anos envolvem sensores e softwares para conectar o maquinário das empresas, além de sistemas que simulam a produção e contribuem para detectar falhas na operação antes mesmo delas ocorrerem.

Investimento em transparência e segurança

O acesso irrestrito à informação através da internet está fazendo com que os consumidores se tornem cada vez mais exigentes. Hoje, eles buscam saber mais sobre a origem e a composição dos produtos alimentícios que consomem.

Assim, investir na transparência tem sido cada vez mais importante, pois isso ajuda a empresa a conquistar a confiança dos consumidores, tornando-os clientes fiéis.

É preciso ter em mente que, além da qualidade e do preço dos alimentos que compram, os consumidores também estão atentos à reputação das empresas produtoras.

Rastreabilidade dos produtos

Fazer o acompanhamento do produto, desde sua saída da fábrica até sua chegada ao consumidor final, é vantajoso tanto para os clientes quanto para as empresas.

Quem compra fica sabendo qual é a procedência do produto e, para quem produz, é uma maneira de ter mais controle sobre o escoamento da produção.

Assim, a implementação de tecnologias para rastreamento tornam o processo de distribuição mais eficiente.

Sustentabilidade

Uma boa parte dos consumidores está disposta até mesmo a pagar mais caro por produtos “verdes”, que causam menos impactos ao meio ambiente, especialmente quando se tratam de alimentos industrializados.

Assim, a sustentabilidade se tornou um desafio para esse setor da indústria, pois não basta assegurar o selo verde somente para o produto, mas sim repensar a cadeia produtiva como um todo.

Buscar alternativas sustentáveis, especialmente no processamento e empacotamento dos produtos – com o uso de embalagens recicláveis e biodegradáveis – continuará trazendo vantagens frente à concorrência.

Alimentos clean label

O aumento na procura por uma alimentação mais natural, saudável e limpa está fazendo com que os produtos clean label ganhem mais espaço nas prateleiras dos supermercados e a tendência é que essa demanda cresça ainda mais nos próximos anos.

O termo em inglês significa “rótulo limpo” e indica produtos feitos com ingredientes conhecidos pelos consumidores, que estão cada vez mais atentos à qualidade da nutrição.

O principal desafio para as indústrias atingirem o conceito de clean label será fazer com que os rótulos tragam informações completas e fáceis de entender

Alimentos plant-based

A procura por produtos plant-based (vegetais e alimentos integrais minimamente processados) vai continuar crescendo em todo o mundo.

Desse modo, um dos desafios para a indústria da alimentação será diminuir o foco na soja e encontrar novas alternativas para essa demanda.

Além disso, os produtos substitutos da carne nas grandes redes de fast food continuarão sendo uma tendência, por isso, investir na diversificação é fundamental. Sementes comestíveis, grãos, algas marinhas e outros produtos são alternativas à proteína animal.

Inovar para se destacar

O segmento da alimentação é um dos mais concorridos em todo o mundo. Sendo assim, fazer com que uma marca se destaque em meio a outras tantas continuará sendo um desafio para as empresas em 2021.

Investir em embalagens inovadoras é uma das formas de chamar a atenção dos consumidores.

Alimentos comercializados em “porções únicas”

O aumento no consumo de alimentos em porções únicas também continuará sendo uma tendência na indústria alimentícia em 2021.

Esses alimentos, bastante encontrados na seção de produtos refrigerados dos supermercados, têm como objetivo oferecer mais praticidade aos consumidores, com porções prontas que só precisam ser aquecidas.

As versões pré-prontas podem abranger uma grande diversidade de produtos, mas é necessário ter muita atenção ao seu empacotamento, pois eles necessitam de embalagens diferenciadas.

 

A Polyseal, empresa do segmento de vedações para equipamentos hidráulicos e pneumáticos, atua no mercado desde 1996, desenvolvendo e produzindo um amplo pacote de serviços e produtos dentro e fora do padrão de sua linha de fabricação.

Com uma equipe qualificada para desenvolver e produzir produtos de primeira linha, com alta qualidade, os seus produtos antecipam, compreendem e atendem às necessidades do cliente, de acordo com as inovações tecnológicas e as exigências do mercado.

Fale agora mesmo com um dos nossos especialistas, a PolySeal está preparada para atender a Indústria Alimentícia!

Consumo de bens industriais cresce 3% em maio

Fonte: Revista Amanhã 

O consumo aparente de bens industriais no Brasil cresceu 3% em maio, em relação a abril, após três meses seguidos de resultados negativos. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). O indicador acompanha a produção industrial interna que não é exportada e as importações de bens industriais no país. Apesar do crescimento em relação aos meses mais afetados pela pandemia de Covid-19, o consumo de bens industriais em maio foi 15,8% inferior ao do mesmo mês do ano passado.

A alta em relação a abril foi a primeira desde janeiro, o último mês antes de os reflexos da pandemia crescerem. Em abril, o indicador havia caído 0,3% na comparação com março, quando teve o maior recuo do período da pandemia, com retração de 11,9% ante fevereiro. No segundo mês do ano, o resultado também foi negativo em relação a janeiro, com retração de 1%. Em 12 meses, o consumo aparente de bens industriais acumula redução de 3,6%. Já no trimestre móvel encerrado em maio, que inclui março e abril, houve recuo de 16,9% em relação ao trimestre compreendido entre fevereiro e abril.

Importações

Em maio, a alta no consumo de bens industriais foi maior nas importações, que cresceram 10,5%, enquanto a produção de bens nacionais aumentou 1,9%, ambas na comparação com abril. O consumo de bens de capital aumentou 68,7% em maio, enquanto o de bens intermediários caiu 0,6%. A maior alta, porém, foi no consumo de bens duráveis, com expansão de 80,6% em relação ao período mais afetado pelo coronavírus. Em comparação com maio de 2019, todas as categorias econômicas tiveram queda.

Entre os 22 segmentos da indústria, 19 tiveram melhora no desempenho em relação a abril, entre eles os veículos automotores, cuja demanda aparente cresceu 56,1%. Já na comparação com maio de 2019, apenas quatro registram crescimento.

Parcerias para acelerar a inovação na indústria

Fonte: A voz da Indústria 

Mais do que nunca, a inovação tem sido uma estratégia importante para muitas indústrias. Neste setor, inovar significa produzir mais e melhor. Mas como fazer isso da melhor forma? A resposta pode estar na adoção de parcerias para acelerar a inovação na indústria.

Muitas indústrias têm o objetivo de inovar de forma rápida para alcançar resultados em curtos espaços de tempo, mas por vezes, não tem mão de obra direcionada ou não sabem por onde começar. Por isso, parcerias para acelerar a inovação na indústria são essenciais.

Ao fazer isso, a indústria se une a especialistas na área em que pretende inovar (como startups, escolas técnicas e universidades) para desenvolver um modelo de negócio repetível e escalável, em um ambiente de extrema incerteza.

Por que investir em parcerias para acelerar a inovação na indústria?

No atual contexto, as indústrias que querem inovar em seus processos precisam, quase que por necessidade, investir em transformação digital. Porém, segundo Claudio Luiz Foltran Rodrigues, Gerente da Qualidade do Centro de Pesquisas do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), elas precisam superar algumas barreiras.

Geralmente, para que as indústrias promovam de maneira mais estruturada e assertiva a transformação digital e iniciar um processo de inovação sólido é necessário que elas, inicialmente, vençam algumas barreiras internas bastante importantes”.

Entre essas barreiras, Rodrigues cita:

  • Falta de iniciativa da liderança em desejar mudar;
  • Necessidade de pessoal qualificado para implementar as mudanças;
  • Falta de garantia de retorno;
  • Cultura da empresa, caracterizada como mais tradicional e menos inovadora;
  • Insegurança quanto a reputação da empresa em situações de falhas na segurança dos dados, entre outras.

Diante destas dificuldades, o Gerente de Qualidade do Centro de Pesquisas do IMT explica que as parcerias para acelerar a inovação na indústria são essenciais e ajudam o setor a adotar soluções mais acessíveis em indústria 4.0.

A busca por parceiros externos oxigena a empresa, estimulam a promoção de mudanças mais profundas e na maioria das vezes traz benefícios para o negócio”.

Rodrigues complementa: “Aqui no IMT, por possuirmos um relacionamento muito estreito com as empresas, atuamos com nossos parceiros para reduzir o caminho para a transformação digital, promovendo eventos para divulgação de tecnologias e processos, bem como consultorias dedicadas às necessidades da empresa nestes assuntos, utilizando de nosso corpo técnico e especialistas no assunto”.

Como funciona esse tipo de parceria?

Quando o assunto é inovação, a forma como as startups, universidades e centros de pesquisa lidam com as ideias e os erros é bem diferente das indústrias.

Além de trabalhar com um modelo enxuto e ágil, elas atuam em um cenário de incerteza, em que é difícil prever se determinada ideia ou projeto de empresa vai realmente dar certo.

Dessa forma, as parcerias para acelerar a inovação nas indústrias representam uma forma de aproximar toda coletividade com as demandas/necessidades do mercado, no caso, as indústrias.

Quando uma empresa nos procura e percebemos que existe interesse da aproximação entre as partes, assim apresentamos as diversas formas de relacionamento. Atualmente, no IMT possuímos mais de 15 formas de atuação”, indica Rodrigues.

O representante do IMT explica que, no caso do instituto, há duas formas de relacionamento.

Quando identificamos uma oportunidade/desejo da empresa, esta é direcionada para que seja realizada pelo meio educacional – que demanda baixo valor a ser investido e é caracterizado pelo forte envolvimento dos alunos – ou então pode ser realizada por meio empresarial – onde a demanda apresentada necessita de maior agilidade na solução, apresentando cláusulas de confidencialidade”.

Vantagens das parcerias para acelerar a inovação nas indústrias

A adoção de parcerias para acelerar a inovação na indústria, certamente, traz benefícios para os dois elos desse processo.

Claudio Luiz Foltran Rodrigues explica que as indústrias poderão usufruir dessa parceria de diversas formas, pois focam nas necessidades da empresa e permitem:

  • Desenvolvimento de produtos, processos e serviços;
  • Identificação de talentos e que tenham o perfil alinhado à indústria 4.0;
  • Qualificação dos profissionais das empresas por se atualizarem com o que há de mais moderno em pesquisa acadêmica;
  • Utilização da infraestrutura das universidades, como auditórios, salas de aula e laboratórios para workshops e treinamentos;
  • Redução no investimento das empresas para realização de projetos de P&D;
  • Participação de profissionais da empresa em uma atividade eletiva aberta a todos os cursos (engenharia, design e administração).

Denominado PAE (projeto e atividades especiais) essa é uma das parcerias para acelerar a inovação na indústria que permite que o representante da empresa ministre uma atividade direcionada as necessidades da empresa com objetivo de identificar talentos”, complementa Rodrigues.

Da mesma forma, as parcerias para acelerar a inovação na indústria também são benéficas para startups, centros de pesquisa e universidades, como é o caso do IMT, citado pelo seu Gerente da Qualidade do Centro de Pesquisas.

Essa aproximação com as empresas é muito importante para o IMT, pois permite que nossos professores e alunos lidem com problemas do mundo real, auxiliando e preparando os alunos para lidar com situações que serão enfrentadas por eles quando se inserirem no mercado de trabalho”.

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ABINFER coordena força tarefa no combate ao coronavírus

Fonte: A voz da Indústria 

Distanciamento social, quarentena, respiradores, leitos… De um dia para o outro, esses termos passaram a dominar os noticiários e rodas de conversa em todo o país. Para alguns setores, como a indústria, o impacto do COVID-19 será sentido mais diretamente. Nesse cenário ainda confuso, um projeto da ABINFER (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais) se guia por uma pergunta: o que podemos fazer? O resultado é uma força tarefa multidisciplinar, pronta para atuar em muitas frentes, e que já começa a agir.

Segundo Alexandre Mori, diretor comercial da Usifer e um dos porta-vozes do projeto, as primeiras conversas focaram em identificar as necessidades e entender como as indústrias ferramentais podiam atuar. “Vivemos dias de muita incerteza e começamos a trocar entre nós o que já estávamos fazendo. Conversamos sobre a potencial falta de respiradores para UTIs e buscamos, nesse primeiro momento, formas de atuar diretamente nisso”, comenta. A ideia, segundo o diretor, foi deixar o pânico inicial de lado e partir para a ação, dando início a processos coletivos envolvendo toda a cadeia da ferramentaria em prol do combate à pandemia.

Equipe multidisciplinar e primeiras ações

Além da estrutura e expertise das empresas associadas à ABINFER, o projeto também recrutou voluntários como empresários, engenheiros, projetistas e operários altamente especializados, capazes de avaliar as ações e definir de forma rápida as melhores abordagens. A iniciativa mapeou quem eram os atuais fabricantes de respiradores no Brasil, com projetos já aprovados e tecnologia adequada para a produção, e definiu formas de oferecer suporte.

Uma das definições foi colocar à disposição dessas empresas toda a estrutura das indústrias envolvidas no projeto. Com o envolvimento de representantes de toda a cadeia produtiva da ferramentaria, o projeto vai permitir que as fabricantes de respiradores dobrem sua produção. “Além disso, criamos também uma equipe de manutenção com profissionais especializados, disponível para garantir o funcionamento das máquinas sem interrupção mesmo com a alta demanda”, comenta Mori.

Atualização de projetos e produção de face shields

A equipe de projetistas envolvidas na iniciativa identificou que é possível dobrar a capacidade dos respiradores já em funcionamento na rede médica, a partir da produção de uma única peça. “O projeto já foi aprovado pela nossa equipe de médicos e agora aguarda aprovação do Ministério da Saúde. Com essa peça, um respirador que atenderia uma pessoa ganha capacidade de atender duas”, explica o diretor.

Outra iniciativa do grupo é a produção de máscaras face shield, indicadas para proteger médicos e enfermeiros que lidam diretamente com pacientes de COVID-19. O projeto existente foi adaptado para uma versão mais simples, que vai agilizar a produção e permitir que 80 mil máscaras sejam fabricadas por dia. “Toda essa produção é voluntária, tanto a estrutura quanto o tempo de máquinas ligadas, a operação e os materiais. A produção será completamente doada para a rede médica”, afirma Mori.

Formas de apoiar o projeto

Segundo Mori, a intenção do grupo é tanto humanitária quanto prática. “Queremos agir para causar impacto na proteção das pessoas, sabendo que essas ações podem ajudar quem precisa e que essas pessoas podem ser nossos parentes, amigos ou colegas”, aponta. “Ao mesmo tempo, acreditamos que quanto antes vencermos a pandemia, mais rápido veremos a reação e a recuperação dos nossos negócios na indústria”, acredita.

Atualmente, mais de 300 empresas estão envolvidas nessa força tarefa, espalhadas entre São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. “Todos os projetos que desenvolvermos estarão disponíveis para que indústrias de outros Estados possam replicar as ideias em sua região”, comenta Mori. Indústrias interessadas em participar das iniciativas ou em mais informações sobre o projeto podem entrar em contato através dos canais criados: 19 98139-7523 ou projetorespiradores@gmail.com.