Quase dois terços das indústrias esperam faturar mais em 2021

Em fase de recuperação da atividade após a fase mais aguda da pandemia de covid-19, a indústria espera faturar mais em 2021. O resultado consta de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentada hoje (17) na abertura do Encontro Nacional da Indústria, que está sendo realizado de forma virtual neste ano.

Segundo o levantamento, 62% das indústrias acreditam que o faturamento subirá no próximo ano. O resultado vem embalado pela recuperação do setor, com as indústrias tendo ao menos retomado os níveis de produção (70%) e de faturamento (69%) na comparação com os números de fevereiro, antes do início da pandemia do novo coronavírus.

Em relação ao nível de mão de obra, a pesquisa mostrou que 73% das indústrias têm o mesmo número de trabalhadores ativos ou estão com mais empregados na comparação com fevereiro. Apenas 27% estão com menos trabalhadores que antes da pandemia.

De acordo com a pesquisa da CNI, 30% das indústrias ainda estão faturando menos que no período pré-pandemia. Embora 87% das empresas tenham sido afetadas pela crise econômica decorrente do novo coronavírus, 45% declaram que a produção atual é maior que a de fevereiro e 49% estão faturando mais que no segundo mês do ano.

Estratégia

A pesquisa mostrou as estratégias adotadas pelas indústrias para enfrentarem a crise. Segundo o levantamento, 40% das empresas disseram ter buscado novos fornecedores no Brasil (para fazer frente às dificuldades temporárias na importação de insumos); 39% compraram máquinas e equipamentos; 30% adotaram novas técnicas de gestão da produção; e 20% investiram em novos modelos de negócio.

Com a recuperação da atividade industrial nos últimos meses, 52% das empresas registram, no mínimo, a mesma lucratividade de fevereiro – 28% com aumento e 24% com a manutenção das suas margens. Apesar da retomada, 47% ainda operam com menor margem de lucro que antes do início da pandemia. Segundo a CNI, uma causa provável para a queda nos lucros seria a alta nos gastos com insumos, afetados pela alta do dólar, e com energia.

Desafios

Na cerimônia de abertura do Encontro Nacional da Indústria, o presidente da CNI, Robson Andrade, listou os principais desafios do setor no cenário pós-pandemia. Para ele, o país deve buscar fortalecer a estrutura produtiva e retomar a agenda de reformas estruturais para avançar na quarta revolução industrial (com indústrias de alta tecnologia) e no desenvolvimento de uma economia de baixa emissão de gases de efeito estufa.

“Em paralelo às reformas estruturantes, devemos acelerar a nossa adaptação às grandes tendências do século 21. As mudanças climáticas e a quarta revolução industrial já estão presentes no nosso dia a dia e trazem novos desafios para o Brasil”, declarou Andrade. “Necessitamos de uma política industrial que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação das estruturas produtivas. Os investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação são a chave para o país desenvolver modelos de produção e de negócios conectados com a indústria 4.0.”

 

68% das indústrias estão com dificuldades para obter insumos no Brasil

Fonte: Portal da Indústria

Mais da metade das empresas avalia que o problema só se resolverá no próximo ano. 44% delas têm problemas para atender clientes. E oito em cada dez perceberam alta no preço dos insumos e das matérias-primas.

A indústria brasileira passa agora pelo segundo efeito da pandemia do Covid-19. O primeiro paralisou a produção. No segundo, faltam estoques, insumos e matérias-primas. É o que mostra sondagem especial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a pesquisa, 68% das empresas consultadas estão com dificuldades para obter insumos ou matérias-primas no mercado doméstico e 56% das empresas que utilizam insumos importados regularmente, com dificuldades em adiquiri-los no mercado internacional.

Além disso, 82% perceberam alta nos preços, sendo que 31% falam em alta acentuada. A pesquisa contou com a participação de 1.855 empresas, entre 1º e 14 de outubro, em 27 setores das indústrias de transformação e extrativa. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, explica que as empresas optaram por reduzir os estoques para enfrentar a forte queda no faturamento e o difícil acesso ao capital de giro nos primeiros meses da crise.

“A economia reagiu em uma velocidade acima da esperada. Assim, tivemos um descompasso entre a oferta e a procura de insumos. E tanto produtores quanto fornecedores estavam com os estoques baixos. No auge da crise, vimos a desmobilização das cadeias produtivas e baixos estoques. Além disso, temos a forte desvalorização do real, que contribuiu para o aumento do preço dos insumos importados”, afirma.

A pesquisa mostra que 44% das empresas consultadas afirmam que estão com problemas para atender os clientes. Essas empresas apontam entre as principais razões para a dificuldade de atendimento a falta de estoques, apontada por 47% das empresas, demanda maior que a capacidade de produção, com 41% e incapacidade de aumentar a produção, com 38%.

Do total de empresas que não conseguem aumentar a produção, 76% alegam que não conseguem ampliar a produção pela falta de insumos. E o problema deve durar pelo menos mais três meses. Mais da metade, 55% das empresas, acreditam que a capacidade de atender os clientes se normalizará apenas em 2021. A percepção sobre o mercado de insumos é menos otimista. Entre os entrevistados, 73% acreditam que só deve melhorar apenas em 2021.

Em 10 dos 27 setores considerados, ao menos metade das empresas está com dificuldades para atender a demanda. Os percentuais de empresas que encontram dificuldades para atender os clientes é maior nos setores Móveis (70%), Têxteis (65%) e Produtos de material plástico (62%).

Pequenas empresas são mais afetadas pela falta de insumo
A situação é mais grave entre as empresas de pequeno porte. Nesse segmento, 70% foram afetadas pela falta de insumos ante 66% nas grandes. Além disso, o percentual de empresas menores que afirmam enfrentar muita dificuldade é maior, alcançando 28% entre as pequenas empresas e 27% entre as médias.

O real valor da produção industrial

Fonte: Portal da Indústria

Cada real produzido pelas fábricas brasileiras gera mais de dois reais no PIB e estimula a atividade econômica e o emprego em outros setores, da a agricultura aos serviços.

Desde 2003, o engenheiro agrônomo e produtor rural Cássio Kossatz, do Paraná, vem investindo em tecnologias para auxiliar suas decisões e obter o melhor retorno nas fazendas da família. “Depois de estágio de um ano nos Estados Unidos, decidimos  investir pesado em tecnologia, como o uso de máquinas com piloto automático para plantio, colheita e pulverização”, explica ele, também diretor da K2 Agro, empresa que presta serviços de agricultura de precisão com o objetivo de reduzir custos, aumentar a produtividade e diminuir impactos ambientais.

Kossatz destaca que o uso de inovações desenvolvidas pela indústria contribui cada vez mais para melhorar o resultado da produção no campo. “São sistemas que permitem usar quantidade variável de adubo e semente nas plantadeiras para fazermos as chamadas zonas de manejo, visando não só ao aumento da produtividade, mas também à otimização de insumos”, conta o produtor. O equipamento, guiado via satélite, é usado nas três fazendas da família nas cidades paranaenses de Ipiranga, Ponta Grossa e Tibagi.

“Desde 2012, o ano em que fizemos o investimento mais pesado, o que mudou é que a indústria evoluiu e hoje o acesso a essas tecnologias ficou muito mais simples. Naquela época, tudo precisava ser adaptado e não tínhamos muito suporte. Tivemos que aprender com a tecnologia”, lembra Kossatz.

Segundo ele, atualmente um software mapeia a colheita e gera dados de produtividade, indicando onde o solo precisa de mais adubos. “Esses equipamentos nos permitiram reduzir em 60% o uso de insumos no primeiro ano, em 80% o de calcário e em 50% o de fósforo”, relata.

O uso de uma plantadeira, equipada com tecnologia de geoposicionamento via satélite (GPS) e uma série de ferramentas que orientam as várias etapas da produção agrícola, permite distribuir uniformemente as sementes. Esse tipo de equipamento é um exemplo de como a indústria, por meio do desenvolvimento de novos produtos, pode contribuir para proteger o meio ambiente da ação agropecuária, com o aumento da produtividade sem ampliação da área agricultável e a redução do dano ambiental com uso de produtos ecológicos.

Na  avaliação do economista Antonio Márcio Buainain, professor da Universidade de Campinas (Unicamp), quando se analisa o papel da indústria e das relações intersetoriais, fica claro que ela é ainda um motor relevante, com participação significativa na geração de empregos formais diretos, no próprio setor, e indireto, nos demais setores, como também na arrecadação de tributos. “Enganam-se aqueles que pensam que um país da dimensão do Brasil pode ser sustentável sem uma indústria forte e competitiva. Sem uma indústria competitiva, é impossível o adensamento das cadeias produtivas.”

Segundo ele, “a indústria precisa, antes de mais nada, de uma economia organizada, com regras claras, com horizonte de solução adequado para os principais obstáculos sistêmicos que reduzem sua competitividade, passando pela questão logística, pelos custos de energia e pelas relações de trabalho”. Apesar do ambiente desfavorável para inovação no Brasil, ele afirma que a indústria contribui para o desenvolvimento de uma grande variedade de sementes e para a expansão do conhecimento a partir de pesquisas em parceria com instituições públicas de ensino e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

José Carlos Hausknecht, sócio diretor da MB Agrícola, explica que a indústria tem um papel importante na cadeia de suprimentos, por meio da produção fertilizantes, defensivos agrícolas e maquinário. “Hoje, o produtor precisa de máquinas com GPS, com uma série de equipamentos que permitam monitorar e aumentar a eficiência na aplicação dos insumos. Há um conjunto de novos defensivos, que estão sendo desenvolvidos para controlar pragas e doenças, e de novos fertilizantes, mais eficientes e com capacidade de promover e aumentar a eficiência da produção”, conta Hausknecht.

O especialista ressalta, ainda, o processamento de alimentos como um elo produtivo e sinérgico importante entre a indústria e a agropecuária. “É o caso do frigorífico, que vai abater os animais e processar a carne, seja de frango, bovina ou suína. Vai produzir para fazer esse produto chegar ao consumidor de uma maneira que seja atraente, que tenha qualidade, que atenda às necessidades do consumidor”, explica.  Além disso, a tecnologia desenvolvida pela indústria permite a produção de biocombustível e biodiesel, combustíveis renováveis e menos poluentes, contribuindo para um ecossistema produtivo mais sustentável.

Por isso, diz Hausknecht, “não adianta pensar só no setor agrícola”. “A gente tem realmente que ter um pensamento de cadeia, porque beneficiando qualquer elo dessa cadeia, acaba aumentando a eficiência da produção. Não adianta você ter uma área agrícola muito forte se você não tem uma indústria de insumos por trás, que vai apoiar essa produção agrícola, se você não tem uma indústria processadora eficiente e competente, seja para atender ao mercado interno, seja para conseguir colocar nossos produtos lá fora”, resume o diretor da MB Agrícola.

Tecnologia que vem da indústria promove a produtividade no campo

No estudo A indústria e o agronegócio brasileiro, publicado em 2018 pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), o economista José Roberto Mendonça de Barros já avaliava que “o setor agropecuário tem hoje uma intensa ligação com o setor industrial, muito maior do que mesmo pessoas bem informadas acham”. Segundo o texto, essa ligação “é resultado tanto do avanço na tecnologia de produção, colheita e armazenagem quanto da crescente complexidade no processamento e na geração de valor de produtos e matérias-primas para os mercados interno e externo”.

O economista lembra que a cadeia do agronegócio tem uma demanda difusa, porém relevante em muitos segmentos industriais. Um terço da produção de caminhões, carrocerias e reboques, por exemplo, é diretamente utilizado em transporte de produtos agrícolas, suas transformações e seus insumos. Mendonça  de Barros menciona, ainda, o crescente uso de aviões, drones, motocicletas e outros veículos em substituição a animais, tanto no transporte de pessoas como no trabalho de administração rural.

Outro exemplo da codependência produtiva vem da construção civil, cuja atividade implica em demandas difusas sobre os setores de borracha e material plástico, minerais não metálicos, produtos de metal, máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

Indústria é quem mais investe em pesquisa, desenvolvimento e inovação

Além de ser o setor onde o trabalhador médio tem maior escolaridade, com emprego formal e maior rendimento, a indústria é muito conectada com outros setores, ressalta Alessandra Ribeiro, sócia da consultoria Tendências. “Isso faz com que haja um transbordamento para o restante da atividade econômica. A inovação surge tanto na própria indústria quanto nos segmentos com os quais a indústria se relaciona. Muitos dos investimentos transbordam e afetam outros segmentos da sociedade”, afirma Alessandra.

Segundo ela, os benefícios das inovações industriais não ficam restritos apenas à indústria, mas são apropriados por outros setores. “Esse benefício transborda e a economia toda se beneficia das inovações industriais. É o caso, por exemplo, dos aparelhos que funcionam com menor gasto de energia e que contribuem para um ambiente mais sustentável, mas ao mesmo tempo reduzem despesas com o uso dos equipamentos, uma vez que o consumo é menor”.

Rafael Cognin, economista do IEDI, afirma que a indústria é o principal polo gerador de tecnologia e de inovação para o sistema produtivo de uma maneira geral.  “Quando se olha para o setor privado, nota-se que é quem mais investe em P&D e inovação, mas também é o único setor na economia que tem um departamento próprio, específico, para revolucionar as formas de produção da própria indústria e de todos os outros setores da economia”, avalia Cognin.

“Quando se olha para o setor privado,
a indústria é quem mais investe em PD&I”

Rafael Cognin, economista do IEDI

Segundo ele, “são novos produtos de bens de capital que vão transformar o modo de produzir no restante da economia. Esse é um fator-chave e é por isso que a indústria é importante. Ela tem esse papel de revolucionar e de traduzir o avanço científico em novos métodos de produção. O benefício se difunde por todos os setores da economia. Um exemplo claro desse fenômeno são os avanços na agropecuária e na agricultura”, descreve o economista.

Rafael Cognin explica que esse avanço tecnológico do agronegócio está muito calcado em novos produtos industriais, como implementos agrícolas, provenientes da indústria química, e colheitadeiras e tratores, da indústria de bens de capital e mecânica. Também no setor de serviços, diz o especialista, boa parte da atividade é viabilizada pela indústria, por meio do desenvolvimento de inovações.

Um exemplo dessa interação da indústria com o setor de serviços é a Escola do Mecânico, que funciona desde 2011 em Campinas (SP). “O papel da indústria no nosso negócio é fundamental. Toda a tecnologia usada nos carros nasce na fabricação dos veículos, no projeto de engenharia dos veículos. Precisamos ter uma relação muito próxima com a indústria que, por meio de parcerias, transfere esse conhecimento e nos ajuda a construir conteúdo didático e material técnico para nossos alunos”, explica Sandra Nalli, fundadora da escola, que emprega 350 instrutores e tem cerca de 16 mil alunos nas 35 unidades.

Ela cita como exemplo os carros híbridos movidos a combustível e eletricidade. “Embora a frota circulando no Brasil ainda seja pequena, essa é uma nova realidade. Sozinhos, não conseguiríamos absorver essa tecnologia ao ponto de repassá-la para o mecânico que, de fato, vai reparar esse tipo de veículo”, comenta. “Se a parceria é importante porque gera novas demandas de serviços para a escola”, diz Sandra Nalli, “também ajuda a indústria, uma vez que o mercado precisa ter profissionais preparados para fazer a manutenção e o reparo desse tipo de veículo quando necessário”.

“Por mais que a gente fale de virtualização e digitalização de algumas atividades, isso continua tendo uma base industrial. A inovação industrial ajuda a construir o futuro de novos produtos e o futuro de novas formas de produzir. É isso que é viabilizado pelas competências industriais”, argumenta Cognin. Mas há um outro fator, segundo ele, que explica por que muitos países não abriram mão da indústria, inclusive os desenvolvidos e mais liberais como o Reino Unido e os Estados Unidos: a capacidade de gerar um crescimento mais robusto da economia.

“A produção industrial, principalmente a manufatureira, como é um processo muito complexo, com cadeias produtivas muito longas, vai costurando e articulando diferentes segmentos da própria indústria, mas também setores e atividades de outra natureza, como serviços, extração mineral, agropecuária e outros”, explica Cognin. “A indústria é o único setor econômico que tem capacidade de revolucionar a forma de produzir, de consumir e de prestar serviços em todos os ramos da economia”, diz o economista.

No caso do Brasil, segundo cálculos de Cognin referentes a 2018, “quando a indústria cresce de forma sustentada 1% ao ano, o restante da economia cresce 2%”. Ou  seja, a capacidade de a indústria alavancar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) geral é muito grande. “São cadeias longas, complexas, diversificadas e que demandam bens e serviços de natureza muito distinta. Outros setores têm essa capacidade de impulso, mas em muito menor grau. Menor porque as cadeias produtivas são mais curtas ou porque o bem produzido é mais simples”, explica o especialista.

Conforme dados da pesquisa Perfil da Indústria, realizada pela Confederação Nacional da Indústria, embora represente 20,9% do PIB, o setor industrial responde por 70,1% das exportações brasileiras de bens e serviços, por 72,2% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento e por 33% da arrecadação de tributos federais, exceto receitas previdenciárias. Além disso, o setor emprega 9,4 milhões de trabalhadores, dos quais 6,7 milhões estão alocados apenas na indústria de transformação, é responsável por 20,2% do emprego formal no Brasil e paga os melhores salários.

Em algumas cidades, a indústria tem um papel fundamental para a economia local, tanto no recolhimento de tributos municipais quanto na geração de empregos e movimentação do comércio. “Aqui em Itaú de Minas, a indústria é a mola mestra da economia. Sem ela, o município ficaria quase sem recurso nenhum”, afirma o secretário de finanças da cidade, Ubirajara Marques. Segundo ele, a cidade, com 16 mil moradores, “gira em torno da mineração e essa atividade afeta os demais setores”.

Apesar de responder por 20,9% do PIB, a indústria tem 70% da exportações e paga 33% dos impostos federais

Em entrevista ao Canal AgroMais, o presidente da CNI, Robson Braga Andrade, disse recentemente que, embora os economistas e especialistas gostem muito de separá-las, as atividades econômicas estão dentro de uma mesma plataforma. “No caso de serviços, por exemplo, temos os serviços industriais. A mesma coisa se dá com o agronegócio. Quando você exporta carne, você exporta carne processada. Quando você exporta alimentos, muitas vezes estes também são processados. A indústria do agronegócio é uma indústria muito importante”, destacou Andrade.

Para ele, a tecnologia desenvolvida pela indústria é importante tanto na melhoria dos produtos quanto no desenvolvimento de inovações que são colocadas no mercado externo. Fortalecer o setor industrial é um passo importante para garantir uma retomada sustentável da economia, segundo o dirigente. Pesquisa feita pelo Instituto FSB com executivos de 1.017 empresas, a pedido da CNI, mostrou que 94% dos entrevistados consideraram importante ou muito importante fortalecer a indústria nacional para diminuir a dependência do Brasil de matérias-primas e equipamentos importados em momentos de crise como esse da pandemia.

A nova era do aço: exportações devem impulsionar siderurgia em 2021

Fonte: Veja Abril

Setor retoma níveis de produção aos poucos; apesar do impacto da pandemia, o câmbio favorável e a reforma tributária no horizonte sustentam otimismo

Fazia um calor intenso na manhã de 26 de agosto, uma quarta-feira, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e outros figurões do governo surgiram na cerimônia de retomada das atividades do alto-forno 1 na usina de Ipatinga da Usiminas, em solo mineiro. Acompanhavam o presidente da República, membros da alta cúpula da política nacional e do estado de Minas Gerais, como o governador Romeu Zema (Novo), além de executivos da companhia siderúrgica. O equipamento tem capacidade de produzir cerca de 2.000 toneladas diárias de ferro gusa.

Com a pandemia do novo coronavírus, a economia mundial travou em meados de março. O fechamento de fábricas e a retração do consumo em todo o mundo fizeram com que a produção da matéria-prima primordial para a construção civil e para a indústria, presente em automóveis e eletrodomésticos, ficasse estagnada e a capacidade ociosa disparasse.

Desde 2015, a utilização da capacidade nas siderúrgicas nacionais não passa de 70%. Com a Covid-19, os índices caíram para menos de 50%. A despeito do cenário nebuloso, ainda existe um grande espaço para ser ocupado. Para isso, a retomada econômica é de suma importância. A conjuntura macroeconômica atual, em que pesa a taxa básica de juros, a Selic ao menor nível histórico e o dólar valorizado frente ao real, sinaliza novos tempos para a indústria nacional, sobretudo para as exportadoras. Soma-se, ainda, a disparada nos preços do minério de ferro, o que faz reacender as chamas de um futuro promissor para este mercado. “O atual dinamismo do setor imobiliário e dos preços relativos como câmbio devem estimular a indústria siderúrgica nacional, especialmente se a demanda global ajudar”, projeta o engenheiro e doutor em economia Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e atual diretor de estratégia econômica e relações com mercados do banco Safra.

Em governos anteriores, a indústria nacional foi preterida em relação ao avanço de setores como comércio e serviços. Não são poucos os que classificam o período da recente economia brasileira como um processo de ‘desindustrialização’. Pode ser que tal afirmação seja até exagerada, mas não se deve negar que a taxa de juros altíssima e o dólar parelho ao real de tempos passados foram fatores que levaram diversos segmentos produtivos à estagnação. “Em países mais desenvolvidos, quando você tem um processo de desindustrialização, é porque a renda da população e o PIB per capita já alcançaram uma evolução natural”, afirma Luis Fernando Martinez, diretor-executivo da CSN. “Aqui no Brasil, a indústria se desidratou nos últimos anos, ao mesmo tempo em que não tivemos crescimento dos índices de renda da população”.

Dados do Instituto Aço Brasil apontam que a produção siderúrgica brasileira não passou de 14,2 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2020. Os números identificam uma queda de 17,9% em relação à quantidade produzida de janeiro a junho do ano passado. O crescimento robusto do mercado imobiliário reduziu as perdas do setor no período, mas ainda é necessário que a indústria automobilística e a produção de máquinas e equipamentos retomem. “Mais de 80% da demanda da indústria siderúrgica brasileira está concentrada em construção civil, bens de capital e no setor automotivo. Quando veio a pandemia, nós enfrentamos uma crise severa, porque só o setor da construção civil continuou funcionando”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente da entidade. “Em julho, nós retomamos o nível de atividade que tínhamos em janeiro. Estamos vivenciando uma retomada em V.”

Segundo Martinez, da CSN, o país precisa passar por uma ‘reindustrialização’ de maneira sólida. Para isso, não basta a taxa de juro atraente, mas a desburocratização do sistema tributário nacional — lembra-se que a reforma tributária ainda tem um longo périplo a seguir antes de ser aprovada no Congresso. “A indústria precisa ter um papel mais relevante na economia. Em países mais desenvolvidos, a participação da indústria no PIB gira em torno de 25%. Hoje, o nível de participação da indústria no PIB nacional é inferior a 10%”, diz Martinez.

 

O consumo do aço ilustra o desenvolvimento das nações. Olhar para a Ásia torna isso bastante claro. Enquanto o consumo per capita de produtos siderúrgicos no Brasil era de 100,6 kg (quilogramas) em 1980, a China consumia apenas 32 kg. Em 2019, no entanto, esse indicador evoluiu no país asiático para a marca de 636,1 kg. O Brasil, entretanto, manteve-se estagnado, com consumo de 99,4 kg per capita no último ano. Na Coreia do Sul, por sua vez, o patamar evoluiu de 134,4 kg para 1.054,4, na mesma base comparativa. Não à toa, a China e a Coreia do Sul são dois dos principais exemplos de evolução econômica das últimas décadas — e o Brasil viveu de soluços de crescimento e de duas décadas perdidas.

A multinacional ArcelorMittal, que exporta para mais de 30 países a partir de sua operação brasileira, prevê novos rumos para a siderurgia com a reforma tributária. “Não existe país forte sem uma indústria forte”, diz Benjamin Baptista Filho, presidente da companhia no Brasil. Para ele, o grande trunfo da reforma será reconduzir o país no caminho da geração de emprego por meio de investimentos em infraestrutura. “A China e a Coreia do Sul são ótimos exemplos de países que investiram muito, com a criação de portos, aeroportos, ferrovias, construção naval e desenvolvimento de máquinas agrícolas. Aqui no Brasil, só a malha de aeroportos é bem desenvolvida. Ainda há muito o que se fazer”, reitera.

Assim como o processo de religamento de um alto-forno é delicado e demanda muitos estudos, aumentar a capacidade produtiva para exportação não é tão simples. Para diminuir a ociosidade nas fábricas, índice que em junho foi de 51%, o setor briga pela recomposição da alíquota do Reintegra, programa de incentivo fiscal criado pelo governo em 2011. Hoje, essa alíquota é praticamente invisível, apenas 0,1%. “Nós temos uma capacidade ociosa muito alta. Enquanto não sai a reforma tributária, brigamos com o governo pela recomposição do Reintegra, que é um meio importante de recompormos a nossa capacidade competitiva, migrando nossos produtos para a exportação”, diz Mello Lopes, do Instituto Aço Brasil. O Reintegra já foi mais generoso. Em 2014, por exemplo, devolvia 3% da receita da exportação.

Com o cenário de guerra comercial, a balança brasileira foi afetada e as vendas de produtos manufaturados recuaram 11% em 2019, para 77,5 bilhões de dólares. Mesmo assim, empresas brasileiras que têm plantas na América do Norte, como CSN e Gerdau, conseguiram passar quase que ilesas pelo período mais conturbado do embate geopolítico. Recentemente, os Estados Unidos anunciaram uma medida para restringir a importação do aço de diversos países. Não foi diferente com o Brasil. Devido à ociosidade na indústria americana, a cota isenta para o produto brasileiro foi reduzida de 350.000 toneladas para 60.000 toneladas no quarto trimestre deste ano. Em dezembro, os países devem voltar à mesa de negociação para definir o acordo para 2021. Lembra-se que os EUA são o principal mercado para a exportação do aço brasileiro.

Nos últimos anos, as companhias que investiram em tecnologia em seus processos produtivos se deram bem e agora devem colher os frutos. “De 2008 a 2019, a indústria siderúrgica brasileira investiu 27,5 bilhões de dólares. A maior parte desses aportes foi na área tecnológica. É o que faz com que as empresas do setor chamem a atenção do investidor na bolsa de valores”, relembra Mello Lopes. As siderúrgicas listadas no Ibovespa, principal índice das ações listadas na B3, recuperaram rapidamente o valor de mercado neste ano. Um dos fatores para isso é que, com o investimento em eficiência tecnológica, as empresas a diminuíram os custos nos últimos anos. Recentemente, a CSN lançou o projeto CSN Inova, que pretende desenvolver soluções para Indústria 4.0. “As pessoas talvez ainda tenham uma visão de que a indústria siderúrgica é ultrapassada, pesada e obsoleta. Mas não é nada disso. A siderurgia nacional é uma das mais tecnológicas no mundo”, diz Martinez, diretor-executivo da empresa.

Apesar dos bons ventos que sopram a favor da siderurgia nacional, há de se ressaltar que o dólar, um fator preponderante para as exportações, também se valorizou perante as moedas de outros competidores, como a Turquia e a Rússia. A indústria automotiva, um dos principais mercados do aço, tende a demorar para registrar uma retomada acentuada, o que continuará pressionando as margens das siderúrgicas do país. Além disso, a recuperação econômica com mais vigor depende da aprovação da reforma tributária. “Essa nova composição de Estado pensado pelo ministro Paulo Guedes, que é juro baixo e câmbio desvalorizado, pode ser muito positiva. Mas, para isso, é preciso ter coordenação para que as reformas estruturantes sejam aprovadas no Congresso”, diz Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual digital. Só assim, a atividade econômica voltará a crescer, e consolidará a retomada do tradicional setor do aço em uma nova era de grandes negócios.

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Indústria supera produção pré-pandemia em 6 de 15 locais em Agosto, segundo IBGE.

Fonte: Valor Econômico

Amazonas, Pará, Ceará, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco estão acima do nível registrado em fevereiro; São Paulo e Rio seguem abaixo.

Seis dos 15 locais acompanhados pelo Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-Regional), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), superaram em agosto o nível de produção de fevereiro, mês que antecedeu as medidas de isolamento social para enfrentamento da pandemia.

De acordo com a pesquisa, o Estado do Amazonas produzia, em agosto 7,6% a mais do que em fevereiro deste ano. Outros Estados que superavam o nível pré-pandemia eram Pará (5,5% acima de fevereiro), Ceará (5%), Goiás (3,9%), Minas Gerais (2,6%) e Pernambuco (0,7%).

Bernardo Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, disse que o resultado ocorre após a reabertura e flexibilização das medidas de isolamento social. “A pesquisa reflete, em grande medida, a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após paralisações e interrupções por conta da pandemia”, disse Almeida.

A produção industrial nacional cresceu 3,2% em agosto, quarta alta seguida. Porém, na média nacional, a produção segue 2,6% abaixo do pré-pandemia.

O parque fabril do Estado de São Paulo produz 0,6% abaixo do verificado em fevereiro. O Rio de Janeiro ainda produz em agosto 0,1% abaixo do pré-pandemia.

Em agosto, a produção industrial subiu em 12 dos 15 locais pesquisados, em comparação com julho.

Indústria alimentícia: veja quais são os desafios para 2021

A automatização dos processos e a inovação de produtos e embalagens são alguns dos principais desafios para a indústria alimentícia.

O setor alimentício é um dos mais competitivos, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Sendo assim, as empresas precisam estar atentas às novas tendências para garantir sua presença no mercado, principalmente nos dias atuais, em que os clientes são mais bem informados e estão mais exigentes do que nunca.

Leia esse post e saiba quais são as principais tendências e desafios que a indústria de alimentos terá em 2021!

Automação de processos é indispensável

Atualmente, a tecnologia já faz parte do dia a dia das pessoas, que estão cada vez mais exigentes quanto à qualidade dos produtos e agilidade dos serviços.

Assim, automatizar a gestão de processos continuará sendo uma tendência na indústria de alimentos e bebidas em 2021. No entanto, a enorme diversificação de produtos do setor alimentício torna a automatização um grande desafio.

As inovações tecnológicas para os próximos anos envolvem sensores e softwares para conectar o maquinário das empresas, além de sistemas que simulam a produção e contribuem para detectar falhas na operação antes mesmo delas ocorrerem.

Investimento em transparência e segurança

O acesso irrestrito à informação através da internet está fazendo com que os consumidores se tornem cada vez mais exigentes. Hoje, eles buscam saber mais sobre a origem e a composição dos produtos alimentícios que consomem.

Assim, investir na transparência tem sido cada vez mais importante, pois isso ajuda a empresa a conquistar a confiança dos consumidores, tornando-os clientes fiéis.

É preciso ter em mente que, além da qualidade e do preço dos alimentos que compram, os consumidores também estão atentos à reputação das empresas produtoras.

Rastreabilidade dos produtos

Fazer o acompanhamento do produto, desde sua saída da fábrica até sua chegada ao consumidor final, é vantajoso tanto para os clientes quanto para as empresas.

Quem compra fica sabendo qual é a procedência do produto e, para quem produz, é uma maneira de ter mais controle sobre o escoamento da produção.

Assim, a implementação de tecnologias para rastreamento tornam o processo de distribuição mais eficiente.

Sustentabilidade

Uma boa parte dos consumidores está disposta até mesmo a pagar mais caro por produtos “verdes”, que causam menos impactos ao meio ambiente, especialmente quando se tratam de alimentos industrializados.

Assim, a sustentabilidade se tornou um desafio para esse setor da indústria, pois não basta assegurar o selo verde somente para o produto, mas sim repensar a cadeia produtiva como um todo.

Buscar alternativas sustentáveis, especialmente no processamento e empacotamento dos produtos – com o uso de embalagens recicláveis e biodegradáveis – continuará trazendo vantagens frente à concorrência.

Alimentos clean label

O aumento na procura por uma alimentação mais natural, saudável e limpa está fazendo com que os produtos clean label ganhem mais espaço nas prateleiras dos supermercados e a tendência é que essa demanda cresça ainda mais nos próximos anos.

O termo em inglês significa “rótulo limpo” e indica produtos feitos com ingredientes conhecidos pelos consumidores, que estão cada vez mais atentos à qualidade da nutrição.

O principal desafio para as indústrias atingirem o conceito de clean label será fazer com que os rótulos tragam informações completas e fáceis de entender

Alimentos plant-based

A procura por produtos plant-based (vegetais e alimentos integrais minimamente processados) vai continuar crescendo em todo o mundo.

Desse modo, um dos desafios para a indústria da alimentação será diminuir o foco na soja e encontrar novas alternativas para essa demanda.

Além disso, os produtos substitutos da carne nas grandes redes de fast food continuarão sendo uma tendência, por isso, investir na diversificação é fundamental. Sementes comestíveis, grãos, algas marinhas e outros produtos são alternativas à proteína animal.

Inovar para se destacar

O segmento da alimentação é um dos mais concorridos em todo o mundo. Sendo assim, fazer com que uma marca se destaque em meio a outras tantas continuará sendo um desafio para as empresas em 2021.

Investir em embalagens inovadoras é uma das formas de chamar a atenção dos consumidores.

Alimentos comercializados em “porções únicas”

O aumento no consumo de alimentos em porções únicas também continuará sendo uma tendência na indústria alimentícia em 2021.

Esses alimentos, bastante encontrados na seção de produtos refrigerados dos supermercados, têm como objetivo oferecer mais praticidade aos consumidores, com porções prontas que só precisam ser aquecidas.

As versões pré-prontas podem abranger uma grande diversidade de produtos, mas é necessário ter muita atenção ao seu empacotamento, pois eles necessitam de embalagens diferenciadas.

 

A Polyseal, empresa do segmento de vedações para equipamentos hidráulicos e pneumáticos, atua no mercado desde 1996, desenvolvendo e produzindo um amplo pacote de serviços e produtos dentro e fora do padrão de sua linha de fabricação.

Com uma equipe qualificada para desenvolver e produzir produtos de primeira linha, com alta qualidade, os seus produtos antecipam, compreendem e atendem às necessidades do cliente, de acordo com as inovações tecnológicas e as exigências do mercado.

Fale agora mesmo com um dos nossos especialistas, a PolySeal está preparada para atender a Indústria Alimentícia!

Inflação na indústria sobe 3,22% em julho, maior alta desde 2014, aponta IBGE

Com o resultado, índice de preços ao produtor na indústria passou a acumular alta de 7,28% no ano e de 11,13% em 12 meses.

Fonte: Valor Econômico

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, subiu 3,22% em julho, registrando a maior alta desde o início da série histórica, em janeiro de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de junho foi revisada de alta de 0,61% para avanço de 0,60%. Com o resultado, o IPP passou a acumular alta de 7,28% no ano e de 11,13% em 12 meses.

Segundo o IBGE, o resultado reflete, principalmente, a elevação no custo dos alimentos e das atividades relacionadas aos derivados de petróleo e biocombustíveis.

O indicador mede a variação dos preços na “porta das fábricas”, sem impostos e frete, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Os preços na indústria extrativa (mineração e petróleo) tiveram alta de 14,46% em julho, após avanço de 3,75% em junho.

Já a indústria de transformação registrou alta de 2,67% no IPP de julho, frente a um aumento de 0,45% em junho.

Para o economista-chefe da Necton, André Perfeito, apesar da alta recorde dos preços aos produtores, a recessão impede que os empresários repassem os preços aos consumidores, o que tendem a apertar as margens de lucro empresariais. “Isto nos diz que o investimento tende a ficar reprimido e que, apesar da queda dos juros, a queda do lucro pode ter sido de igual magnitude ou pior, limitando assim o apetite empresariam por mais investimentos”, avaliou.

Aplicações e desafios na escolha das vedações adequadas para a Indústria Siderúrgica

Dentre as diversas ramificações do setor industrial, o segmento siderúrgico vem estruturando e desenvolvendo o nosso país nos mais diversos âmbitos socioeconômicos. No Brasil a Indústria siderúrgica detém importância produtiva que compete junto aos segmentos de mineração/petrolífero. Dentro destes setores, o uso de vedações tem caráter essencial.

  Diferente das aplicações convencionais, o processo siderúrgico envolve: processamento, formação e produção de metais, exigindo os maquinários e equipamentos mais pesados e robustos, o que não é diferente quando entramos no assunto de especificação, aplicação e reposição das vedações. Surge assim a classificação denominada ‘’Heavy Industry*’’.

  Denominam-se Heavy Industry, todas as aplicações as quais o meio de trabalho é extremamente crítico, ao que se refere à pressão aplicada sob a vedação bem como o ambiente em que ela é alocada (Temperatura de trabalho/Contaminação).

  De maneira mais específica, quando entramos em um dos diversos processos da formação do metal, temos aplicações clássicas como: Raspador reforçado com a ativação de O-rings para evitar ao máximo a contaminação com refugos do processo de têmpera, Gaxetas Chevron para altas pressões de trabalho dentre muitas outras.

  Sendo assim, deve-se ter em mente que o procedimento de especificação e dimensionamento tem caráter essencial, a fim de evitar possíveis rupturas e desgastes precoces nas vedações que em uma linha siderúrgica tem um impacto ainda maior. Visto que tratamos de aplicações que geralmente atingem grandes dimensões/peso de produtos.

  A PolySeal atua no mercado há mais de 25 anos, desenvolvendo e produzindo um amplo pacote de serviços e produtos dentro e fora do padrão de sua linha de fabricação. Atendemos o segmento siderúrgico com um amplo estoque e fabricação de vedações de 5.00 a 1.500mm*. Fale agora mesmo com a nossa equipe de especialistas.

 

*Heavy Industry/Heavy Duty*: Classificação dada aos maquinários, equipamentos e itens de reposição que contemplam a linha “pesada” industrial. Geralmente tem aplicações voltadas aos segmentos de: Papel e Celulose, Mineração, Siderurgia, Construção e dentre outros subsegmentos. As aplicações variam de: cilindros alocados em retroescavadeiras, guindastes, colheitadeiras, prensas especiais e diversos.

Como reduzir custos com a manutenção de máquinas industriais?

Fonte: Perfil Maq


Manutenções inesperadas podem desestabilizar o seu planejamento. Entenda agora como você pode reduzir custos com a manutenção de máquinas industriais.

Uma busca constante do setor industrial é a redução e otimização dos recursos investidos e para isso, reduzir a taxa de manutenção de máquinas industriais é muito importante.

Para começar a avaliar os custos de manutenção que seus equipamentos causam, em primeiro momento você pode fazer o seguintes questionamentos:

  •     Qual é o custo de uma máquina parada?
  •     Quanto custa cada tipo de manutenção terceirizada (preditiva, preventiva ou corretiva)?
  •     Quais são as possíveis causas da manutenção corretiva?
  •     Qual é o custo da mão de obra que a manutenção exige?
  •     A que medida o custo da manutenção irá impactar no preço do meu produto?

Com os questionamentos feitos, você provavelmente terá identificado que os custos são menores quando verificados com antecedência, afinal, a melhor forma de reduzir custos é evitando-os. Certo? Se você também quer saber como diminuir custos com a manutenção continue lendo e entenda como alcançar isso.

Diferentes tipos de manutenção de máquinas industriais

Os custos dos diferentes tipos de manutenção podem ter uma expressiva variação e isso vai acontecer por uma série de motivos. Entenda agora mesmo a diferença entre elas e saiba qual a melhor opção.

  • Corretiva: esse tipo de manutenção se faz necessário quando um ou mais componentes da máquina quebram. Além de gastos com novas peças, também implica em máquina parada e perdas na produção. Por isso, se a peça custar 100 reais, por exemplo, o prejuízo final vai ser de muito mais. Além disso, se uma peça quebrar, o risco de isso ocasionar na perda de outra peça ainda em bom estado também é muito grande;
  • Preventiva: é o tipo de manutenção em que se opta pela troca do componente que está com sua vida útil no fim, com o propósito de prevenir que ele falhe posteriormente, fazendo com que a máquina fique ociosa. Ela também é feita periodicamente, com a finalidade de acompanhar o desempenho do equipamento, evitando maiores problemas, antes que eles aconteçam;
  • Preditiva: trata-se de uma verificação periódica da vida útil do componente. É feito um estudo do equipamento e dele se exprime a análise de vibração e desgaste, buscando mais aproveitamento da peça do componente, fazendo uma previsão da sua vida útil. Um exemplo de procedimento realizado nesse tipo de manutenção é a análise dos óleos. Através dela é possível identificar os níveis de ferro, sujeiras ou resíduos presentes na máquina, indicando seu atual estado;
  • Manutenção Autônoma: é uma análise feita pelo próprio operador da máquina, por exemplo: lubrificação, apertar parafusos, verificar falhas e problemas. É preciso identificar se a máquina não está operando bem, seja através de um ruído diferente ou qualquer alteração no seu funcionamento.

Por isso, é necessário entender que a manutenção preventiva e preditiva devem sempre prevalecer, uma vez que evitam futuros problemas. Entenda ainda o motivo disso através da teoria baseada no iceberg da falha:

A teoria baseada no iceberg da falha mostra de maneira prática os diversos defeitos mascarados por trás da quebra de algum componente. Isso significa que quando a falha acontece, o problema que aparece é bem mais profundo. Pode haver, por exemplo, uma sobrecarga, deformação ou vazamentos na peça, afetando os demais componentes que a rodeiam, podendo assim ocasionar um “efeito dominó” de falhas.

A seguir elenquei itens que são fundamentais e ajudam a alcançar a baixa taxa de manutenção de máquinas industriais. Confira!

Conte com um fornecedor que presta assistência

Antes de tudo, é necessário observar que normalmente as fabricantes fornecem um selo de manutenção, indicando o tempo para lubrificar, trocar equipamento, por isso deve-se seguir esse plano para evitar futuras dores de cabeça.

Além disso, a manutenção de máquinas industriais é um item extremamente crítico, por isso, as empresas fabricantes, como fornecedoras do equipamento devem ter o compromisso de ajudar a resolver os problemas e dar assistência aos seus clientes.

Inclusive, é importante lembrar que algumas empresas só concedem a garantia, conforme comentado, se a manutenção for realizada pelos técnicos da empresa.

Um exemplo muito prático é a aquisição de um veículo na concessionária. Se não voltarmos para fazer as revisões na agência, a garantia do veículo será perdida. Garantia que, por sua vez é oferecida pelo próprio fornecedor do veículo, tendo em vista que ele é quem mais conhece a parte operacional do veículo.

Com máquinas industriais acontece da mesma maneira, pois somente o fabricante conhece com detalhes o funcionamento do equipamento e o que deve ser ajustado para ele funcionar bem. Muitas vezes não é somente apertar um parafuso, mas sim saber qual parafuso apertar. Por isso, a escolha do fornecedor é uma etapa primordial para reduzir custos com a manutenção.

Qualifique a equipe

A qualificação das pessoas envolvidas no processo de manutenção e operação das máquinas é fundamental, pois além da necessidade em operar com eficiência, também é preciso ter conhecimento para identificar falhas no equipamento.

Para isso existem alguns cursos, como: NR 10 de elétrica e curso de revisão, referente a segurança do equipamento. Tem ainda o NR 12, que para estar habilitado a operar o equipamento é essencial (é necessário renovar o NR 12 a cada dois anos).

Além disso, existem problemas que se o colaborador souber identificar ele mesmo pode resolver. Assim, eles conseguem fazer a verificação da eficiência dos equipamentos durante o processo produtivo e identificar possíveis falhas que possam vir a acontecer, evitando várias dores de cabeça e custos maiores.

Por esses motivos, qualificar o profissional pode evitar problemas em diversos aspectos, além de que, se o próprio colaborador dominar bem o que está fazendo, ele mesmo se sente mais seguro e assim todo mundo ganha!

Melhore a qualidade dos equipamentos

Muitas vezes alguns equipamentos se tornam os grandes vilões da manutenção. Por esse motivo, máquinas que estragam constantemente e mais atrapalham do que ajudam a produção precisam ser substituídas.

Nesse sentido, é necessário optar por equipamentos que contam com componentes de primeira linha, ou seja, que possuem uma garantia durabilidade. Caso você opte por um equipamento produzido em segunda linha, o preço inicial será mais baixo sim, porém, a longo prazo ele se multiplica em função das manutenções que ele pode gerar, não sendo mais uma vantagem.

Quando isso acontece, vale muito mais a pena investir em equipamentos novos e de melhor qualidade. Mas, por quê? Vou lhe explicar!

Pode parecer um custo absurdo, mas, quando se trata de equipamentos de qualidade só há vantagens em investir, afinal, payback é rápido e você pode potencializar muito a sua produção de maneira segura e eficiente, saindo muito na frente no mercado e melhorando o processo de produção.

Por fim, tenha um plano de manutenção de máquinas industriais eficiente!

Juntando todos os itens acima, é possível criar um plano de manutenção de máquinas industriais muito eficiente. Mas afinal, o que esse plano precisa ter e o que implica na redução de custos? Nessa hora aquele velho ditado é muito útil: é melhor prevenir do que remediar.

Acompanhe sempre o funcionamento dos seus equipamentos, realize regularmente as manutenções preventivas e qualifique seu colaborador a fim de preservar a vida útil do equipamento, para no fim, se incomodar muito menos com situações indesejadas, como por exemplo, parar a produção.

Por fim, escolha o melhor método para colocar todas essas dicas em prática, seja uma planilha, um software ou outra alternativa de sua preferência. O importante é manter-se organizado e acompanhar sempre de perto a parte funcional da produção, garantindo a economia.

 

Pronto para reduzir seus custos com manutenção de equipamentos? A PolySeal tem uma equipe capacitada para te ajudar em manutenção preditiva, escolha certa de materiais e treinamento de equipe. Entre em contato os nossos especialistas! 

Desgastes de vedações são críticos nas linhas alimentícia, farmacêutica e de bebidas.

Em diversas linhas produtivas automatizadas utilizam-se elementos hidráulicos que de certa forma acabam tendo contato com os mais variados tipos de fluidos e gases que permitem a funcionalidade mais rápida e otimizada na linha, tendo como exemplo, o envase de garrafas ou irrigação e esterilização de alimentos

Em todos os processos relacionados aos segmentos: Alimentício, Farmacêutico ou de produção de Bebidas, exige-se certificações mais especificas e rigorosas visando o consumo humano. O FDA*, por exemplo, é uma certificação que atesta a qualidade e aplicabilidade dos materiais das vedações a tais processos. Como as vedações são colocadas a prova em condições extremas de baixa lubrificação e deterioração por meio de fluidos geralmente abrasivos, é comum que vedações de baixa qualidade ou não homologadas sofram desgastes crônicos em sua superfície de vedação, ruptura ou mesmo quebra total do item.

Dado o cenário de trabalho destas vedações, temos as mais diversas aplicações nestes ramos tais como: Máquinas de envase de bebidas, Válvulas de controle de pressão, Irrigador de alimentos, Tubulações, dentre outras. Com isso, chegamos ao ponto de questionar “O que o desgaste crônico da vedação pode causar em uma linha produtiva?”. A resposta esperada pode ser bem clichê: falha do equipamento ou maquinário. Contudo, nesses segmentos específicos as consequências são ainda mais críticas.

Quando uma vedação desgasta ou rompe em uma linha alimentícia as partículas, por menores que sejam, acabam contaminando o produto e ainda não barram os fluidos presentes no meio interno do equipamento que geralmente são extremamente agressivos ao ser humano.

Então, quando tratamos de vedações sanitárias o problema não se resume apenas a gastos com linhas de produção paradas, vai muito além, danos podem ser causados a consumidores finais.

Conte conosco para que isso não aconteça na sua empresa, consulte um de nossos vendedores técnicos e saiba mais sobre materiais homologados e certificados com garantia de qualidade para uso adequado em sua linha de produção. Também trabalhamos com manutenção preditiva, temos uma equipe a sua disposição.

*FDA (Food and Drugs Admnistration)

Texto por: Matheus Wolf